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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um homem sem culhões não é nada.

Sentei-me na calçada e dei uma vomitada. Passou uma gorda vesga que parecia ter síndrome de down, peguei-a pela nuca e dei um beijo. Saiu andando rápido sem olhar pra traz. Cai na calçada e deixei escorregar a garrafa de vinho, maior parte do liquido fugiu. Dei uma golada no que restou e fui juntando forças pra me levantar, consegui por alguns segundos e a gravidade me puxou de volta. Só preciso ficar um pouco aqui parado, pensei. Só mais cinco minutos e eu consigo. Levantei-me e segui rumo a minha residência. As pessoas já estavam acordando pra irem trabalhar, estudar, ou qualquer outra porra que se faz cedo. Olhavam-me e sentiam inveja, medo, nojo e mais outras coisas.

-Ta olhando o quê filho da puta? – Perguntei a um filho da puta de terno.
-Nada.
-Volte a falar comigo de novo e enfio tua cabeça no seu cu.
-Bêbado Veado. – Entrou em um carro e seguiu seu rumo.

Depois de andar por um tempo, percebi que não fazia a mínima idéia de onde estava. Uma garota veio em minha direção.

-Que tal uma chupada aí nessa sua piroca, garanhão?

Fiquei parado olhando pra cara da puta.

-Não, Obrigado.
-Não tem dinheiro ou é veado?
-Os dois.
-Que pena. Chupo mais que um aspirador de pó.
-Ah é?
-5 reais e te mostro que o céu é aqui.
-Que tal eu te pagar um vinho e você me chupar só porque eu sou bonito?
-Você não é bonito.
-Mas sou legal, deixa eu te pagar um vinho e vamos sentar pra conversar.
-Conversar o quê?
-O quê você quiser.
-Não.
-Não? Que isso gata, não me dê um fora.
-Ta certo, eu aceito uma bebida.

Entramos em uma padaria.

-Ei, me da um vinho aí, por favor.
-Qual?
-São Jorge.
-Você tem dinheiro?
-Não, estou vindo comprar aqui porque não tenho dinheiro.
- Dois e quarenta e nove.

Tirei três reais do bolso e entreguei ao cara. Recebi 50 centavos de troco.

-Falta um centavo, sabidão. – Reclamei.
-Aqui, toma. Apenas vá embora.
-Foda-se – Mostrei o dedo e dei o fora.
-Esse cara é um filho da puta. – Falou a puta.
-Sim. Qualquer dia desses eu volto aqui e encho essa bunda gorda dele de pão.
-Porque não enche agora?
-Não quero agora.
-Você não tem culhões pra isso, só sabe falar.

Abri o vinho e acendi um cigarro.

-Preciso dar uma mijada.

Entrei na padaria de novo e fui em direção ao banheiro.

-O que você quer? – perguntou o filho da puta.
-Banheiro.
-Não vai não. Saia daqui.
-Quero mijar.
-Quer nada.

Botei o pau pra fora e comecei a mijar dentro da espelunca.

-Claro que quero mijar. Olha aqui o meu mijo. Olha como é amarelo. Sua mãe iria adorar receber um jato de mijo desses na cara. – Falei dando umas goladas no vinho e balançando o órgão sexual de um lado para outro.
-SEU FILHO DA PUTA!
-Não chegue perto. Eu te mato! Ouviu? EU TE MATO!

A vadiazinha ria do meu show enquanto enchia a bolsa de porcarias das prateleiras. O veado veio em minha direção, com mãos fechadas e muito ódio estampado na cara. Tentou me acertar um murro no meio do nariz, mesmo eu estando com pau pra fora, bêbado e ainda mijando sem parar, consegui desviar. Mirei em seus pés, mas conseguiu desviar do xixi. Nunca vi um gordo tão ágil.

-Nossa. Você é muito bom! – Guardei o pau, joguei a garrafa longe e me posicionei pra briga.

Recebi um soco cruzado no meio da face. Não estava sentindo dor nenhuma. Acertei sua pança com muita força. Foi bem no estomago. Agachou-se segurando a barriga e caiu de joelhos.

-Seu filho duma puta! Arruaceiro filho da puta! Vou te matar! Vou te matar e enterrar em pé no meu quintal! Filho duma... duma puta. A polícia vai te pegar e você vai ser a mulher de mil outros bandidos filhos da puta que nem você.Dei-lhe um soco na cabeça.
-Você tem sorte de eu não dançar sapateado em cima do seu crânio.

Peguei alguns vinhos, uma garrafa de vodka e três maços de Hollywood.

-Ainda da pra pegar mais coisas.
-Não. Já chega.
-Mas ainda da pra pegar mais!
-O que você pensa que eu sou? Um vagabundo ladrão?
-Da pra pegar mais!
-Não volte a repetir essa merda! Ta me deixando puto já!
-Moro aqui perto, vamos lá beber essas merdas.
-Ta.

Andamos um pouco e chegamos num prédio bem elegante e bonito.

-Você mora aqui? – perguntei.
-Sim.

Subimos alguns andares e entramos num dos apartamentos. Tudo bem arrumado. Tinha até sofá. Deitei no sofá e acendi um cigarro. Minha cabeça ficou girando, senti náuseas.

-Então, como consegue pagar isso aqui?
-Dou um jeito.
- Você não pode sair por ai chupando picas a cinco reais. Você poderia cobrar pelo menos uns vinte ou trinta. Eu pagaria pelo menos uns duzentos pra poder te foder. Você é bonita, gostosa, olha o tamanho dos seus peitos. Pagaria vinte por uma mordida, cinqüenta por uma chupada e duzentos por uma metida. Porra, você é gostosa, caralho.
-É.

Abriu um vinho, deu uma golada e me passou.

-Como é teu nome? – Perguntei.

Posicionou a buceta na minha cara e eu comecei a lamber. Exalava um cheiro escroto, um cheiro de axila. Cada lambida era extremamente nauseante. Vomitei ali naquela xoxota podre e comecei a me afogar no meu próprio vômito. Ela nem ligava, ficou rebolando até gozar.

-Caralho! – gritei -Quer me matar?!
-Vamos lá no banheiro, limpar essa merda.
-Tá.

Ligou o chuveiro e esfregou uma esponja na buceta. Meti minha cabeça debaixo da ducha. Não tinha toalhas, sai molhando tudo. Peguei um desodorante Roll-on em cima da pia e meti na xota fétida.

-PUTA MERDA! Isso é muito bom! Caralho! Sempre usei essa merda porque parecia um pau e nunca pensei em meter!
-Pois é. – Respondi. –Que tal agora um Roll-on de verdade?
-Sim.
-Olha como ele é largo e grande. Olha como ele lateja. Você disse que eu não tinha culhões? Olha o tamanho aqui da porra! Olha a merda aí gigante e peluda! Mal cabe na sua mão! ACORDA SUA PUTA! – Dei um tapa na cabeça. –Não ouse dormir enquanto segura meu gigantesco órgão sexual, sua vadia!

Pôs-se a chupar, tão intenso quanto um aspirador de pó. Só faltou ter uma língua áspera, de lixa. Gozei e segui até seu quarto. Deitei na cama e dormi. Acordei com a vagabunda chupando sem parar meu lindo e glorioso órgão. Se eu fosse um cachorro, lamberia o dia inteiro. Gozei novamente e dormi.

domingo, 12 de outubro de 2008

Alf, o ETeimoso

Acordei hoje mais cedo para poder ficar mais tempo à toa. Comi um pão, tomei uma cerveja e vomitei antes de escovar os dentes (Cheiro de pasta é sempre nauseante, ainda mais pelas 9 da madrugada). Fiquei ouvindo Bach enquanto esperava algo acontecer. Uma batida na porta interrompeu a música.

-Quem é, porra? – Gritei.
-É eu!!
-“É Eu” o caralho seu analfabeto.

Levantei e abri. Era o Renato ou Alf que é como os outros o chamam por aí. “Alf”, um apelido bem imbecil que recebera de algum amigo retardado. Creio que esse pseudônimo esteja relacionado com aquele seriado ridículo dos anos 70 ou 80: “Alf, o ETeimoso”.

-Olá – Cumprimentei
-Aê Riosão! Trouxe umas cervejas aqui rapá!
-Ah. Entra aí.

Acendi um cigarro

-Põem essas merda lá na geladeira – Falei.
-Ta.

Alf é o leitor que vive mesmo em função do que escrevo. Se não fosse por esse fato, acho que ele nunca iria passar pela minha porta. Cara chato do caralho. Pôs-se a criticar os finais dos contos sem parar. Já estava de saco cheio, e para uma desgraça maior, uma criança começa a berrar gritos de agonia.

-Está ouvindo isso?
-Isso o quê? – Perguntei.
-Essa aberração aí gritando.
-Ah. É o menino que mora aqui em baixo – Respondi.
-Alguém devia fazer alguma coisa. – Falou irritado.
-Daqui a pouco ele para.

Foi até a janela e gritou.

-Cala boca seu filho da puta!

Ouvi sons de irritação, cadeira caindo e pisadas fortes no solo.

-VÁ TOMAR NO CU! – Alguém berra da casa do garoto que continuava em seus prantos medonhos.
-FAZ ESSA MERDA CALAR A BOCA – Alf grita de cima. Ainda vai sobrar pra mim, pensei.
-Vem calar a boca da tua mão aqui então, ela não para de gritar e gemer quando a ponho no colo.

Irritado e inspirado no mito Rios, iludido pelas baboseiras que escrevo, Alf desce as escadas e vai ao encontro do que eu chamaria de mamute, rinoceronte, armário, godzilla ou Arnold Schwarzenegger brasileiro.
Deu chutes e socos na porta do cara. Desci pra presenciar essa cena, não é algo que costuma acontecer todo dia. Sentei na escada e continuei bebendo minha cerveja e saboreando meu cigarro.
A porta abriu e deu passagem ao gigante. Alf continuou a gritar mesmo vendo o tamanho do gorila. Se pôs a falar ameaças, xingamentos e outras coisas desnecessárias.

-Bom dia, Rios. – Falou o armário, ignorando o pobre Alf.
-Bom dia vizinho. – Respondi.
-Esse cara aqui é seu amigo?
-Sim.
-Ele pode parar de incomodar?
-Quando ele surta assim, ninguém o para.

Dava pra perceber uma certa expressão de medo na cara do vizinho. Afinal, qualquer um teria medo de um louco dando socos na porta e ignorando completamente o fato do seu tamanho ser incrivelmente maior. Até eu teria medo. Pra falar a verdade, morro de medo de qualquer um que bate na minha porta.
Uma morena com cara e roupas de hippie ia descendo as escadas.

-Bom dia princesa. – Cumprimentei.
-Posso passar? – Perguntou a garota.
-Claro, mas seria melhor que fosse esperasse essa briga terminar, esses caras são meio loucos e imprevisíveis, você pode se machucar.
-É. Acho melhor esperar. – Falou a moça.
-Lá em casa tem umas cervejas, musica... e certamente é mais limpo que essas escadas. Não quer esperar lá?
-Sim. – Falou sem hesitar.

Que dia maluco, pensei. Subimos e entramos em minha residência. Como um bom cavalheiro, tirei seu casaco, pendurei na cadeira e pedi que se acomodasse. Coloquei Janis Joplin pra tocar, peguei duas cervejas. Sentei-me ao lado da senhorita, no chão, como nos velhos tempos da febre hippie que tomou conta dos jovens na década de 70. Apesar de odiar hippies, eu estava gostando daquele momento. Dei-lhe um beijo.

-Você sabe mesmo como agradar. – Falou a hippie
-Sim, e adoraria passear os dedos por essa cabeludinha.

Fui alisando por cima da saia.

-Como você sabe que é cabeludinha?

Toda garota que tira onda de paz e amor é cabeludinha, pensei.

-Sei pelo cheiro. – Respondi.
-Pelo cheiro? Não fede.
-Sim, não fede, muito pelo contrario, é um cheiro doce e suave que só os especialistas em xota como eu percebem. Era pra eu ter me tornado um ginecologista.
-E o que você é?
-Nada.

Enfiei a mão por dentro da calcinha e devagarzinho fui descendo pelos pêlos até chegar ao lugar secreto. Através dos beijos fui sentindo os suspiros de prazer que me fazem saber que querer experimentar outra coisa é uma completa loucura.

-Vamos lá, abre ai as pernas pra eu examinar e ver se não tem fungo.

Além das pernas, também abriu um lindo sorriso. Saquei pra fora meu instrumento e meti.

-Relaxe, não é nada disso que você está pensando, esse é um meio alternativo de examinar, aprendi lá no Pólo Norte.

Terminei de meter e deitamos na cama. Pobre Alf, imagino que tenha morrido.


lololol Bônus.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

o Peixe

“Seus olhos brilham como as estrelas do céu, és tão bela quanto uma mariposa cruzando o oceano atlântico sob a luz do luar.”
Os fazedores de metáforas deveriam lamber meu saco.

Há muito tempo atrás, conheci uma cigana que fedia a merda. Além de cruzar, não gostávamos de fazer nada que um casal normal faz. Curtíamos a noite bebendo vinhos roubados de supermercados, vendo TV e trepando ou saindo pra algum lugar e trepando. Os ciganos daqui deveriam ter trailers, ia ser mais divertido. Zé das mono era o nome ou apelido de seu amante, não sei se era pelo fato dele ter uma mãe com uma grotesca monocelha ou se é porque só consegue copular com fêmeas com grandes características neanderthais na testa, pode ser também que seja porque ele próprio possua apenas uma faixa peluda acima dos olhos ou quem sabe pela soma de tudo. O Zé se tornou um grande amigo meu, nem me importava que ele fodesse minha cigana. Poderia pelo menos me dizer, mas ninguém é perfeito, que se foda.
Em um sábado, eu e Zé fomos até um rio tomar uma cerveja e andar de barco. As pessoas têm muita sorte de não quererem sair velejando pelo rio, talvez soubessem que seriam saqueadas pelo nosso bando pirata. Rios caolho e Zé das mono.

-Porquê Rios caolho? Você não é caolho porra! – Sempre repetia o vice-capitão, zé das mono.
-Porque uma dia eu vou ficar caolho, é o destino de todo capitão.
-E a perna de pau? Porquê não vira “Rios caolho da perna de pau” logo?
-Perna de pau é mito.
-E quem disse que você é o capitão?!
-Eu.
-Mas quem roubou essa canoa fodida do caralho foi eu.
-O que significa isso? Um motim? – Peguei o remo e ameacei. – Aquiete-se aí e comece a remar!
-Remar pra onde? Único lugar que podemos ir é até o outro lado.
-Ah, então ficaremos aqui mesmo, me da uma cerveja aí.

Sentamos e permanecemos inertes. Gastamos muita energia nessa briga retardada. Um peixe pulou do lado do barco.

-Olha que peixe estranho – falei.

Zé pegou a rede e o capturou.

-Poderíamos frita-lo – Falou olhando para o pobre peixe em suas mãos.
-Não, não como os bichos. – Falei.
-Não seja fresco, Rios.
-Não como os bichos. Joga essa porra fora.

Devolveu o peixe para o rio.

-Não gosto de você como capitão.
-Então ache outro barco e junte sua tripulação, esse aqui eu já confisquei, se quiser tomar meu lugar vai ter que me matar. – Falei.

O peixe pulou de volta para a canoa e ficou se debatendo no seco.

-Olha aí Capitão, ele quer ser frito e digerido.
-Talvez ele só queira ser seu amigo e você fica nessa de comer o peixe.

Encheu um balde com água e jogou o bicho dentro.

-Ele vai pular daí, os peixes não são amigo de ninguém. – Falou o zé.
-Vai nada, cala boca, seu bolachão.

Permaneceu dentro do balde, com a cabeça pra fora. Joguei cerveja nele e pareceu que gostou.

-Viu? Ele gosta até de cerveja. – falei.
-Tá.
-Ele vai ser meu papagaio.
-Ele é um peixe.
-Não, é um papagaio, todo capitão tem um. O meu é especial, é um peixe. Um papagaio peixe ou vice-versa, tanto faz.
-Não sei se tu ta me sacaneando o está falando serio mesmo, isso me preocupa.
-Tanto faz também, no final de ambas hipóteses você será um imbecil. – falei. Com sorrisinho sacana na cara.

Jogamos o peixe devolta na água e fomos embora. No outro dia voltamos lá no rio pra velejar e o papagaio pulou na canoa.

-Ah! puta q pariu! – falei – é o mesmo peixe! falei pra você que ele queria ser amigo!
-Se foder! Não é o mesmo, deve ser o irmão ou sei la.
-É o mesmo!

Estalei os dedos da mesma forma que se chama um cachorro domestico. O peixe se debateu no chão da canoa

-Oh la! Quer ser de estimação a porra. – falei.
-Quer nada, ta se debatendo porque não ta na água.

Tiramos as cervejas de dentro do balde, enchemos com aquela água escura do rio e jogamos o bicho lá dentro. Estalei os dedos novamente.

-Oh la! Não se debateu. – Falou o zé.
-Mas ficou nadando rápido, tipo cachorro correndo e balançando o rabo quando a gente chega em casa.

E foi assim todos os dias, pegávamos o peixe e levávamos pra passear, depois devolvíamos para o rio e íamos embora cuidar da vida. Trepar, arrumar dinheiro pra comprar comida e bebida. Achei depois um puteiro de peixes. Tinha um pet shop com vários aquários, tudo separado por macho, fêmea, ou tamanho, ou raça ou sei la, qualquer coisa. Capturamos novamente o mesmo peixe-papagio e pedimos pra o negro que trabalhava lá que deixasse o nosso peixe esfregar seu órgão sexual nas fêmeas da loja. O cara deve ter achado estranho o pedido, mas não negou o favor. Nunca tinha visto peixe cruzar antes. Ele nem penetra. O Funcionário nos informou que é apenas isso que acontece, o bicho lança o esperma na água e a fêmea chupa com a xota a porra pra poder ficar grávida de ovos. Senti-me meio triste, levei o amigo pra dar uma foda e tudo que ele faz é se punhetar. Pelo menos foi de graça. Comprei uma dose de Domecq e um litro de vinho, bebi o conhaque e levei o vinho pra casa, minha cigana precisava de um presente. Fodemos um pouco e dormi. Até pouco tempo atrás o peixe era meu companheiro, acabou por acordar de cabeça pra baixo e boiando no balde. Triste, o final sempre é a morte, até mesmo pra mim ou pra sua mãe ou pra você. Nascer, reproduzir e morrer, é igual pra todos os seres vivos do planeta. Nossa espécie não venceu a guerra, muito pelo contrario, abandonou e cometeu suicídio. A essência de animal se tornou uma ilusão de superioridade, acabou-se por permanecer enganado por mitos de criação. Não importa o quê, todos nós viemos de um único ser. Eu amava meu peixe-papagaio, que na verdade nem era meu, era dele próprio e vocês que se fodam aí.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Vai a merda

Depois que nos tornamos aluno, a gente começa a entender os dias da semana, antes não existia diferença entre quinta, terça ou sábado. Embora não exista mesmo diferença real, para um aluno existe. Acho uma merda ser estudante, as despesas são bem maiores em relação à cerveja e cigarros. Para suportar, é necessário deixar o nível mental abaixo do normal, e um pouco acima dos demais para poder permanecer superior. Apenas se quiser continuar vivo. Apesar de tudo, me sinto bem ao saber que tudo vai piorar e essa é a parte menos escrota da vida.
Estava a fuder com uma puta culta, sabe como é que é né? Essas putas que andam por aí grunhindo algo sobre estar na faculdade e ser superior. Superior até mesmo a mim. Raspam a boceta no formato de um moicano, tipo atriz pornô americana. Acham bonito ter uma boceta punk, o que posso fazer? Enfim, estava lá a foder com a garota da xota culta e punk que acha que meu pau vai se tornar viril só ao ver o formato dos pêlos. E o pior é que se torna. Mas quando a garota, culta e de xota com moicano só faz abrir as pernas e fica parecendo um defunto, se torna passível de levar tabefes na orelha. Dei um tabefinho de leve pra ela acordar, mas não levou muito a serio. Dei outro mais forte.

-Você parece uma morta, porra! – Reclamei.
-oooh...
-“oooh” o caralho! – dei outro tapa.
-oooooh
-Ah, vai a merda.

Liguei a tv, tava passando casseta e planeta.

-Rios? O que aconteceu?
-Aconteceu nada.
-Porque parou?
-Porque ta passando casseta e planeta. Se quiser, pode ficar ai chupando.
-Eu não quero.
-Então ta.

Botei-a em cima do meu pau, mas a imbecil não cavalgava, ficava lá parada olhando pra minha cara enquanto eu assistia a tv e ria das piadas idiotas.

-Olha, Rios, isso aqui ta muito estranho.
-Ta mesmo.
-Estou falando serio, você fica ai parado.
-E você também.
-Mas é o homem que mete.
-Minha filha, esses tempos já passaram, só idiota que sai por ai metendo. Se quiser foder, é só pular, vou ficar aqui parado e de pau duro.

Acabei por adormecer. Acordei me sentindo meio estranho. Minha bermuda não era a mesma, pra falar a verdade, nem sabia que tinha ela, e depois percebi que a blusa também era estranha... e a cama, a parede, o armário, o teto, a lâmpada, a janela, o abajur, o apartamento inteiro. Levantei e procurei por vida. Não havia ninguém. Essas coisas só acontecem quando eu bebo demais, e no dia anterior eu bebi apenas algumas latas de cerveja e uma ou duas doses de conhaque. Fui ao banheiro vomitar e escovar os dentes, não necessariamente nessa ordem. Olhei no espelho e vi cabelos grisalhos, rugas, nariz vermelho e outros sintomas de velhice.

-CARAAALHO – gritei.

Procurei minha carteira. Achei, abri. 5 notas de 50 reais, talões de cheque e minha identidade, peguei a puta identidade. Estava lá minha foto, minha assinatura, data de nascimento, 1989. Tinha um jornal velho no banheiro, 2038 a data. Já havia entendido toda a sacanagem, dormi e acordei 30 anos depois. No meu novo quarto, estavam lá, quatro livros de minha autoria, todos juntinhos. O primeiro livro se chamava “Glórias de uma vida inútil”, uma coletânea de contos, 30 contos (inclusive esse). Na sala, um computador velho com um selinho escrito: Pentium 9 50.5GHz, 12.00 GB de Ram. Liguei-o, fez “uoon uoon” e entrou no Windows. Eu ainda não tinha ido ver a cozinha. Nem a janela, estava meio excitado para olhar pra rua e ver os supostos carros futurísticos voadores e com chaminés, chaminés para os fumantes poderem fumar com ar condicionado ligado. Mas não uma chaminé qualquer, ela ia ter alguma tecnologia aí de sucção de fumaça ou sei lá. Que seja, deixei pra ver a janela por ultimo. Fui até a cozinha, a geladeira ficava dentro da parede, o fogão também. Em cima de uns balcões estava cheio de bugigangas, tecnologia meio nazista, meio medieval com um toque extraterrestre. Apertei o botão vermelho escrito “Power” e um sanduíche caiu em um prato que surgiu do nada, depois um suco encheu um copo. Suco de maracujá, meu preferido. Alguém bate na porta, com força e sem paciência. Só poderia ser uma mulher. Homem bate com classe, suave e fazendo musiquinha. Pelo menos eu sou assim, se você não é, problema seu, estou pouco me fodendo pra você. Abri a porta, era uma ruiva, 18 anos, peituda...

-Riooooos!
-Oi. – Respondi.

Agarrou meu pau, entrou e fechou a porta.

-Venha cá meu velho. velho! velho tarado!
-Agora não, tenho que olhar a janela. – falei.

Tentei abrir a janela, empurrei, puxei, mexi em tudo e nada. A garota pegou um controle remoto e abriu a porra. Zioooon, puf.

-Nem deu onze horas ainda e você já está bêbado, seu velho depravado.
-É.

Olhei pra rua, nada demais, só alguns carros com design diferente, mais moderno. E as pessoas também eram meio diferentes, mais modernas, mais deprimentes, talvez. Me abraçou por traz e agarrou meu gigantesco membro.

-Venha cá seu vagabundo.

Tirei pra fora. Mole, viscoso, roxo, eca.

-Vai velhote, põem essa merda pra funcionar. Ta molenga.

Bati de pau mole na cara dela.

-Cala essa boca, sua putinha fudida. Cala a merda da boca! NÃO SOU NENHUM VELHO, PORRA! CALA BOCA!
-ENTÃO, CADE A VIRILIDADE?! VOCÊ É UM VELHO! UM VELHOTE FUDIDO! UM VELHO DE MERDA!

Arranquei-lhe a blusa, vi os gigantescos seios, seio esquerdo delicioso. Senti meu pau levantar um pouco. Tirei a saia, calcinha rosa de algodão. Comecei a esfregar o pau na calcinha.

-Olha que velho deprimente, esfregando o pau no pano! QUE FUDIDO!
-AAAAAAAAAHHH! – gritei!

Rasguei a calcinha, era cabeludinha a xotinha. Estava doido, igual um animal no cio, ou puto, igual a mim mesmo. Meti, esfolei, meti com força e ódio. Gozei e continuei metendo. Ela lá deitada e tremendo de prazer.

-VAI MEU VELHO! POR ISSO QUE SÓ VOCÊ È MEU VELHO. MEU VELHO VIRIL E TARADO!

Dei um tabefe na cara.

-Cala essa boca! Velho é teu pai.

Ora, o que eu estava fazedo? Estava sendo dominado por uma menininha fudidinha, igual a qualquer um.. eu sou o RIOS, PORRA! O GRANDE MITO! HENRIQUE RIOS, CARALHO! Gozei, parei de meter e entrei no banheiro. A vadiazinha entrou junto, pelada e melada.

-Só isso?! Você é um velhote de merda mesmo.
-Não, você que é um lixo, enjoei de você. Sai fora, otária. (Valeu noidão =D)
-Vou te melar de esperma, seu nojento.
-Ah, vai a merda.

Entrei lá no chuveiro. Não tinha torneira. Fiquei mexendo, cutucando, dei tapinha e nada de cair água.

-Mas olha que velho idiota, nem sabe ligar o chuveiro. Pressiona logo a porra do piso.

Pisei num azulejo meio volumoso no chão. A água começou a cair. A água já vinha ensaboada, depois era só apertar de novo o piso e ela vinha sem sabão, e se apertar pela terceira vez, não sei o que acontece, talvez venha sem sabão novamente ou simplesmente desligue. Terminei, deixei a imbecil lá e saí, levei uma bafora de ar quente e fiquei seco. Me vesti, deitei na cama. A única coisa que não tem na casa é televisão.. onde está a merda da tv? pensei. Levantei-me e peguei o controle remoto que a garota usou pra abrir a janela. Apertei todos os botões, a casa tava viva, socorro. As janelas começaram a abrir e fechar, a sétima sinfonia de bethoveen ecoava pela casa, as luzes piscavam e a parede virou uma tv gigante. A garota saiu do banheiro assustada.

-Mas que porra é que ta acontecendo aqui?! – gritou a ruiva.
-Está acontecendo nada, relaxe.
-Me da a merda do controle, velho doente mental.

Pegou o controle e ajeitou tudo.

-Deixa o beethoven ai baixinho e liga a tv, sua ordinária.
-Não.

Se vestiu, ajeitou o cabelo e foi embora. Sai apertando de novo todos os botões e a casa voltou a se revoltar contra mim. Taquei o maldito controle pela janela, peguei uma lata de cerveja na geladeira, bebi e deitei na cama. Fechei os olhos e tomei uma bofetada.

-Você estava dormindo?! Estava sim! Estava dormindo, Rios, seu escroto!
-Quê?!
-Que grande sacana você é! Dormindo enquanto trepa!
-Ah, é você aí ainda. Porra, você não sabe trepar, não é a toa que eu acabei cochilando.
-Que porra é essa, Rios, você ai de pau duro enquanto dorme, você é um anormal.
-Virilidade pura. Fica dura até mesmo com essa sua xota feiosa aí, xota punk!
-Vai a merda, Rios.
-Só pra você não sair por aí falando que sou um fudido, vou meter até estourar seu fígado.

Meti da forma mais animalesca possível, gozei, e ela também. Foi-se embora e eu dormi. Foda-se.

terça-feira, 18 de março de 2008

Virei estudante.

Embora seja um saco, voltei a ser aluno. Aluno de uns bostas. Um aluno bosta. Prefiro ficar em casa ouvindo Frank Zappa, até mesmo Carlinhos Brown é mais suportável. Acordo às 6 horas da manhã, tomo banho, vomito, me apronto e pego ônibus. Chego sempre atrasado e com cara de filho da puta, ao redor só se pode perceber dois tipos de gente: idiotas filhos da puta e filhos da puta idiotas e mal conseguimos ver os órgãos sexuais das garotas. Depois de ver e ouvir tanta merda, chego em casa e tento escrever qualquer coisa, mas lembro que as idéias só chegam de madrugada. A madrugada é um mito para mim, durmo às 10:30. Fodeu... esse é o sacrificio que se tem que fazer para conseguir morrer devagar. Acho que ninguem descobriu ainda que um dia morre. Por favor, não raspem suas xanas.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Uma foda estranha num cemitério de indigentes.

Estava sentado numa cadeira amarela em um barzinho de esquina. Ninguém conhecido por perto. Ficar só é muito bom. Comprei uma dose de conhaque e uma garrafa de cerveja pra acompanhar. Havia uma garota, morena, magra. Muito magra, parecia ser aidética. Permanecia parada, sentada, me olhando. Não parava de olhar. A cabeça não se movia e nem os olhos, aparentava ser um defunto.

-Quer trepar comigo é? – Perguntei.
-Não. – Respondeu a garota.
-Então porque ta olhando pra mim?
-Porque eu quero.

Levantou-se da cadeira e sentou ao meu lado. Permaneceu fitando. Entrei em desespero, mas não demonstrei.

-Guarde sua loucura pra você. – falei.
-Não sou louca. – Sempre respondendo friamente.
-Então, que porra você é?!
-Sou tipo gótica.
-Ah, todos esses retardados que se chamam e são chamados de góticos não passam de uns chupadores de pica.
-Não chupo pica. E você? Que porra é você?
-Sou tipo um deus.
-E o que faz pra ganhar dinheiro.
-Nada.
-E como vive?
-Sou tipo um deus.

Um silêncio constrangedor tomou conta do local. Constrangedor pelo menos pra mim, ela não tirava seus olhos mórbidos de cima.

-Porque você não tira o olho de mim? - Perguntei
-Não sei. Você é estranho.
-Você é muito mais.
-E você é uma fraude. Não é um deus coisa nenhuma.
-Ah.
-Quer beber um vinho?
-Quero.

Segurou meus cabelos e deu um beijo no rosto. Segurei os dela e dei-lhe um beijo na boca. Abri os olhos no meio do ato, ela estava me olhando, ainda com aquela cara de lesma morta. Recolhi minha língua e encostei as costas na cadeira.

-Porque fez isso? – Perguntou a garota.
-Porque eu tava afim.
-E porque não me perguntou se podia?
-Se você pode me beijar no rosto, eu também posso.
-Te beijei no rosto e não na boca.
-E a boca fica aonde? No rosto.
-Ainda quer tomar um vinho?
-Sim. Mas para de ficar me olhando assim, parecendo uma doida.
-Tá.
-Cadê o vinho?
-No meu carro.

Levantamos e nos dirigimos até o veículo. Sentou-se no banco e ligou o carro.

-Entra. – Falou.

Entrei. Ela acelerou e saímos.

-Cadê o vinho? Não tem vinho coisa nenhuma, você quer é trepar comigo.
-Não quero trepar com você.
-E o que quer comigo?
-Quero beber um vinho com você.
-Porquê?
-Porque eu decidi que quero.

Tirou o vinho de debaixo do banco. Não qualquer vinho, era um vinho do porto.

-Ai está o vinho.
-Tou vendo. – respondi
-Ta vendo? Não quero trepar com você.
-O que tem haver uma coisa com outra?
-Eu tenho um vinho. Não quero trepar com você.
-Ah. Então tá. Você tem um vinho.
-Sim.
-Mas você quer trepar sim comigo, não tem taças.

Abriu o porta-luvas e tirou duas taças.

-Tá vendo? Eu tenho as taças, não quero trepar com você.
-Puta que pariu.
-Quê?
-Ainda acho que você quer trepar comigo.
-Sinto muito, mas está enganado.

Paramos na frente de um cemitério.

-Já sei qual é a sua. – Falei. –Você quer trepar comigo depois me matar e enterrar ai junto com esses mortos fedidos.
-Não quero trepar com você.

Saímos do carro e entramos no cemitério, sentou-se numa lápide, abriu o vinho e derramou nas taças. Acendi um cigarro e peguei uma taça, dei uma golada e permaneci em pé.

-Isso é muito idiota. – Falei. -Ficar aqui bebendo vinho em cima de uma lápide num cemitério vagabundo de indigentes.
-Não acho.
-Olha, já tou de saco cheio de você. Se você não quer trepar, eu quero.
Agarrei pelos cabelos e taquei-lhe outro beijo, apertei os seios, botei um pra fora e mordi. Tirei a calcinha e passei os dedos pela buceta. Não tinha pêlos. Odeio bucetas carecas. Mulheres! Por favor, me lembrem que eu não estou fodendo com uma criança. Não raspem por completo. Queria ter vivido a década de 70. A garota ainda com aquela cara retardada de lesma morta, fingindo ser deprimida, não sei pra quê. Deixava eu fazer o que queria sem nem expressar algo ou sei lá. Senti-me um estuprador, um monstro, mas não pude deixar de meter. Meti. Ela não gemia, não gritava, não fazia nada. Parecia um defunto.

-Porra, você ta levando 20 centímetros de pica e fica ai com essa sua cara de nada.
-Cara de nada? – se pôs a sorrir.
-É. Essa sua cara ai de nada. Agora ta melhorando, até sorriu.
-Sorrir é uma merda.
-Uma merda é essa sua cara ai. Cara de lesma morta.

Se pôs a sorrir novamente. Gozei. Um coveiro velho apareceu. Cuspindo no chão e coçando a sua bengala.

-Que putaria é essa? – perguntou o velho.
-Já terminou.
-Terminou nada, acabei de chegar.
-Boa sorte, então.
-Não deixa esse velho encostar em mim... Rios. – Falou a garota.
-Rios? Como sabe meu nome?!
-Todos sabem seu nome, você é meio famoso.
-Tá. Vamos embora.

Vestiu a calcinha e levantou. O velho veio balançando a bengala de um lado para o outro.

-Ei, guarda essa porra ai. – Falei.
-Vá embora rapaz, agora é minha vez.
-Sua vez o caralho.
-È minha vez sim.

Agarrou a aidética e começou a esfregar o seu órgão sexual. Parecia um cachorro no cio. Até babou. Acertei um soco no crânio do velho. Caiu no chão e ficou lá.

-Obrigada.
-De nada – Respondi.

Saímos do meio dos mortos indigentes e entramos no carro.

-Aonde nós vamos terminar essa trepada? – Perguntei.
-Eu não quero trepar com você.
-Mas eu quero. Olha pra cá.

Tirei pra fora minha tiromba.

-Olha, ele está latejando por você. – falei.
-Você é a única pessoa que presta no mundo, Rios. – Sorriu.
-Sim, deixa eu te foder.
-Eu deixo, mas não quero.
-Tem que querer.
-Porquê?
-Porque senão não tem graça, porra.
-Não tem graça de jeito nenhum.
-Então queira ai pra você ver se não vai ter graça.
-Não estou afim de querer.
-Então, vai tomar no cu.
-Ainda gosto de você..
-Gosta nada.

Sai do carro e fui pra casa. Era pra ter sido mais legal com a garota, nem perguntei o nome. No dia seguinte, o telefone tocou.

-Meu nome é Roberta.
-Não conheço nenhuma roberta.
-A garota de ontem.
-Ontem foi um dia longo.
-Do cemitério.
-Qual cemitério?
-O de indigentes que tem um velho tarado.
-Ah. Quer trepar comigo?
-Não. Mas quero tomar um vinho.
-Tá, escolha ai um cemitério.
-Na minha casa é melhor.
-É mesmo.

Anotei o endereço e fui até lá. Tomamos um vinho, trepamos e depois dormimos.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Deus só existe na sua cabeça.

A música saia das caixas de som do melhor bar de Salvador, enquanto eu me mantinha bebendo doses de conhaque acompanhado de um copo de cerveja e discutindo com o Alex como a vida seria uma merda se Deus não inventasse a cerveja.

-Tudo se resume a merda de qualquer jeito, com cerveja ou não. – disse eu.
-Sim, mas e se não existisse cerveja?
-Beberíamos outra coisa.
-Não tem outra coisa pra beber.
-Seria mesmo uma merda se não existisse sol.
-Não, seria uma maravilha, a cerveja nunca ia esquentar.
-Acho que não é o sol que esquenta a cerveja.
-E é o que esquenta a cerveja então?
-É o núcleo da terra.
-E o sol serve pra que?
-Serve pras plantas fazerem fotossíntese e pra nos fazer comprar óculos escuros.
-Deus é mesmo um sacana, cria o sol só pra nos dar problema.
-Deus nem existe.
-E quem criou o sol, então? Claro que deus existe. Tem que existir.
-O sol já existia antes mesmo de alguém criar um Deus que criou o sol.
-Rios, você é o cara mais gênio que eu conheço.
-Sim, mas eu prefiro ser uma tartaruga.

Dei um gole no conhaque e acendi um cigarro. Senti meu coração palpitar e vi uma luz branca descendo do céu, pensei que fosse um ufo, mas estava enganado, era a luz divina. O tempo parou, todas as pessoas dentro do bar ficaram imóveis. Um homem vestido de branco e cabelos compridos tocou meu ombro.

-Quem é você? – perguntei.
-Eu? Eu sou Jesús.
-HÁ! Sempre soube que você não era negro.
-Na verdade eu sou o que eu quiser.
-Então, o que te traz aqui?
-O chefe quer conversar com você.
-Seu pai?
-Não, ele não é meu pai.
-Claro que é, ele é pai de todos.
-Meu pai se chama José.
-Ah, me responde só mais uma dúvida.
-Diga.
-É sobre a Maria.
-Minha mãe?
-Não, a Madalena.
-O que tem ela?
-Ela era mesmo uma prostituta? Você não casou com ela? Nem namorou ou sei la?
-Ela era uma das minhas seguidoras, e era feia demais pra algum homem querer namorar.
-E porque dizem que ela era uma prostituta?
-Dizem isso?
-Você não sabia?
-Não, faz dois mil anos que não venho a terra.
-Ah, acho que não aconteceu nada de bom durante esse tempo.
-É porque não quis vim pra cá de novo.
-Porque não, cara?
-De tanto eu pregar, acabei sendo pregado. Não quero que isso se repita.
-Ah, é verdade, eu também não volto pra um lugar que não sou bem vindo. O que o chefe quer conversar comigo?
-Não sei, ele mandou só eu te chamar.
-E como faz pra falar com ele?
-É só segurar minha mão.

Segurei na mão de Jesús e quando pisquei o olho, já estava no paraíso, um velho barbudo me olhava.

-Zeus? – Perguntei.
-Não, Jeová.
-Me desculpe, mas sou ateu.
-Está perdoado.
-Não, você não pode me perdoar, você não é Deus. Eu sou ateu.
-Mas não acredita no que ver?
-Acredito que estou vendo um velho.
-Você consegue ser pior que o Tomé.
-Sim, mas não bebo como ele.
-Você bebe muito mais que ele e é muito mais ateu que ele.
-Então você me chamou aqui pra ser um santo? Tipo São Rios?
-Não existe santo.
-Acredito que no paraíso não tem cigarro, cerveja e nem ruivas né?
-Temos ruivas, mas quando estiver aqui, não vai sentir esse tipo de necessidade.
-Eu nem acredito que estou aqui e acredito que se existir um lugar como esse, as necessidades não serão esquecidas.
-Eu te chamei aqui pra você ser o novo Messias.
-Não, obrigado.
-Porque não quer?
-O ultimo acabou pregado, mas eu aceito ser São Rios.
-Já disse que não existe santo, eu sou o único que tem que ser adorado. – Falou em um tom agressivo.
-Você devia era se preocupar com outras coisas.
-Eu me preocupo com tudo.
-Então porque não resolve os problemas da humanidade? Porque deixa toda merda acontecer?
-Se chama livre arbítrio, a humanidade faz o que quer, e eles criaram todos os problemas.
-Livre arbítrio? Chama de livre arbítrio ter que te adorar pra poder vim pra o paraíso?
-Na verdade, pra vir pro céu, tem que ser mórmon.
-Pra ir pro céu, precisa ser piloto de avião. E eu vou processar o dono do bar que colocou drogas na minha cerveja.
-Tem certeza que não quer ser o Messias? Vai pro inferno se não aceitar.
-Vou pro inferno nada, eu viro Mórmon.
-Vai pro inferno do mesmo jeito.
-Lá tem cerveja, ruivas e cigarros?
-Não sei, nunca fui lá.
-Tá. Me leva de volta.

Pisquei e estava ainda no bar, conversando com o Alex. Uma ruiva sentou ao meu lado.

-Você é o Rios?
-Sim.
-Me da um autografo? Adoro seus contos.
-E eu adoro esses seus seios, principalmente o esquerdo.
-Porque o esquerdo?
-Porque é o mais redondo.

Apalpou o seio esquerdo e o direito.

-Não, eles me parecem iguais.
-Vem aqui no banheiro comigo que vou te mostrar que não são.
-Porque no banheiro?
-Porque tem espelho. Como é seu nome?
-Madalena.

Entrei no banheiro e tranquei a porta. Tirei a blusa da garota e mostrei a ela que o esquerdo era mais redondo que o direito.

-Nossa, é verdade, são diferente. Nunca reparei isso.
-Sim, vou te mostrar uma coisa também que ninguém repara.
-O que?
-O meu ovo esquerdo é maior que o direito.

Abaixei as calcas e mostrei o meu gigantesco, avantajado, grotesco e palpitante órgão sexual.

-Nossa, o esquerdo é maior mesmo.
-Sim.
-E esse seu pau ai é o maior que eu já vi.
-Sim, e tem gente que chupa.

Ajoelhou-se e começou a chupar. Depois despi por completo a minha cópula e meti. Foi a melhor foda da minha vida.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pinturas de um decadente por uma artista em decadencia

São quatro e meia da manhã, como sempre, os gatos, lixeiros e ladrões não me deixam dormir. Pego uma garrafa de wisky e engulo três doses, talvez cinco, mas mesmo assim não durmo. Malditos sejam esses gatos que não param de gritar por uma copulada, ladrões que sonham com galinhas e lixeiros que não acham comida. Ás cinco horas é a vez dos passarinhos me torrarem o saco,mas com algumas doses e duas músicas de Tchaikovsky e seus cisnes irei dormir, ao mesmo tempo que os trabalhadores acordam, sentem inveja e resmungam “ele está bêbado novamente”, eles não querem acordar na segunda enquanto eu tento dormir.

-Tem gente ganhando dinheiro lá fora. – falo pro meu travesseiro. -Advogados, juizes, carpinteiros e até mesmo professores.

Ferro no sono ou pelo menos penso: “como é bom dormir”, as dez o telefone toca e me assusta, não um susto que provêm da mudança do silêncio pra uma barulheira imprevisível, era o susto de saber que existe gente idiota que liga pra mim as dez no meio do término da minha insônia.

-Alô?
-Rios? É o Maurício.
-Não perguntei seu nome. Foda-se e tome no cu, estou dormindo.
-Não está dormindo não.
-Estou sim, tchau. – desliguei.

Depois de duas horas, acordo com alguém batendo em minha porta da rua.

-Vá-se embora – disse eu
-É a Renata.
-Está bem. Espera um minuto.

Vesti uma blusa e uma calça antes de abrir a porta depois fui correndo ao banheiro e vomitei.

-Está doente? Se quiser vou embora.
-Não, está tudo bem, eu sempre acordo neste estado.
-Eu não posso ficar, mas queria te pedir uma coisa.
-Diga.
-Sou pintora, quero pintar seu retrato.
-Tá certo.
-Mas tem que ser na minha casa, não tenho stúdio. Você se importa?
-Não.

Anotei o endereço de sua residência e as instruções de como chegar.

-Mas tente estar lá ás duas da tarte.
-Estarei lá.

Voltei a dormir e às duas da tarde eu já estava sentado de frente pra Renata, entre nós havia uma enorme tela. Se pôs a trabalhar com o auxilio de inúmeros pinceis e tintas, eu a observei e ela também me observou com seus olhos grandes e castanhos, o olho esquerdo era deficiente, do tipo que se desacerta com o outro, mas me agradava. O tempo passou devagar e eu acabei entrando em transe.

-Melhor darmos uma pausa, quer uma cerveja? – perguntou Renata.
-Ótimo.

Quando se levantou pra ir à geladeira, eu a segui. Abriu a porta e tirou uma lata, virou-se pra mim, eu a agarrei pela cintura e dei um beijo. Me empurrou.

-Melhor voltarmos ao trabalho. – disse ela.

Voltamos a sentar, bebi minha cerveja enquanto Renata saboreava um cigarro barato. A tela ainda estava entre nós.
A campainha soou. Renata levantou-se e abriu a porta. Uma gorda entrou e sentou-se.

-Essa é a Camila, minha irmã. – disse Renata.
-Olá. – cumprimentei.

A camila é o tipo de pessoa que não tem noção de tempo nem de nada, começou a falar sem parar, mesmo depois de eu ter renunciado a ouvi-la, ela continuou a falar por horas.

-Ei, quando é que você vai embora? – perguntei.

Depois teve inicio a uma briga entre as irmãs, estavam ambas de pé e começaram a se comunicar em um tom agressivo, se ameaçavam usando as mãos, sinalizando uma possível agressão física. Pra minha alegria, Camila virou-se, atravessou a porta e desapareceu. Voltamos ao trabalho, sentei-me e permaneci parado. No outro intervalo levantei-me e fui até a geladeira pegar uma cerveja, Renata me acompanhou. Peguei a cerveja, virei-me e a beijei. Foi um beijo demorado, o mais demorado que eu consegui com ela. Comecei a roçar meu pau em sua buceta, ela me empurrou, mas eu continuei roçando até ela pegar minha mão e levar pra dentro de sua calcinha, passei os dedos em sua buceta, era uma buceta enorme.

-Escuta, eu sei qual é o seu problema. – disse eu.
-Qual é?
-Esquece, não quero te magoar.
-Não, agora eu quero saber.
-Você tem uma buceta grande demais.

Renata se sentou em silencio e voltou a pintar. Depois levantou-se, abaixou a calça, abaixou a calcinha e pôs a buceta pra olhar pra mim.

-Ok seu sacana, vou te mostrar que está enganado.

Tirei as calças e comecei a meter, em pé, perto da janela, depois deitei-a no sofá e meti sem parar. Gozou.

-Viu? – perguntou Renata.
-Sim, muito grande.
-Seu filho da puta.
-Mas eu gosto de grande.
-E porque falou que era um problema?
-Falei que era o seu problema.
-Haha! Você é mesmo um filho da puta. Vamos voltar ao trabalho.
-Não, cansei, talvez amanhã.
-Tá, mas antes de ir embora, veja como está a pintura.
-Não disse que ia embora, só disse pra continuarmos amanhã.
-Melhor ir embora, meu marido pode chegar.
-Ok.
-Olha a pintura, porra.
-Tá certo.

Olhei a pintura, estava boa, parecia mesmo comigo.

-Está muito bom. – Falei.
-Amanhã já da pra terminar.
-Então passarei aqui amanhã, às duas da tarde.
-Estarei esperando.

Sai e fui pra casa. O marido da Renata chega a sua moradia, cansado do trabalho e doido pra pular nos braços da esposa ou entre suas pernas, mas se depara com o quadro no meio da sala.

-Ei, mulher, porque você ta pintando o Rios? – pergunta o marido
-Você conhece o Rios?
-Sim, ele é famoso.
-É. Me pagou pra fazer um retrato dele.
-Ah é?
-É.
-E que cheiro de pica é esse?
-Deve estar vindo de você, é o único de nós dois que tem uma.
-O Rios está te dando umas pinceladas como pagamento?
-Ah, você está pensando que eu e o Rios estamos transando é? Ele é feio pra cacete, não daria uma com ele nem se fosse o ultimo na face da terra.
-Na verdade eu estava pensando em quem fica por cima.
-Seu filho da puta! a minha bucetinha é só sua.
-Bucetona, você quer dizer.
-Bucetona nada!
-Bucetona sim! É a maior que eu já vi na vida.
-Não acho que você tenha visto muitas bucetas na vida.
-Já vi muitas sim, mas duvido que tenhas visto uma pica maior que a minha.

Tirou o pau pra fora, balançou e rodou como se fosse um ventilador.

-Isso eu tenho que admitir, nunca vi uma maior. Consegue manter ela dura durante três horas pra eu pinta-la?
-Claro que não! Nenhum homem consegue, nem o mais tarado de todos.
-Ah, você é um fodido.
-Fodido é o caralho, venha cá preu te mostrar o fodido.
-Não quero ver seu cu.
-Sua puta, vou te lascar no meio.

Abaixou sua calcinha e começou a meter.
Acordei às duas e meia, já estava atrasado, consegui me apressar e cheguei na casa da Renata às três e quinze.

-O capitalismo roubou minha virgindade. – comentou Renata.
-Como assim? Não vou pagar nada não! E você era virgem? Uma virgem com uma buceta desse tamanho?
-Claro que não, só estou falando uma frase que li ontem.
-Ah.

Terminamos a pintura, demos uma foda e voltei pra casa com o quadro na mão. Pendurei a obra de arte na parede do meu quarto e tentei dormir, agora está dando pra dar uma boa dormida. Dormi.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Ascensão de um macho alfa

Maurício, um cara meio alto e meio magro, talvez meio loiro depois de ter ficado meio careca devido aos quarenta anos que carrega nas costas. Quando completava vinte pensava de uma maneira totalmente diferente, mas quem não muda depois dos 30? Apenas uma coisa não se difere de antigamente, ainda acha que filhos são a desgraça da vida, para alguém que vivia repetindo que tinha medo de ter filhos e algum dia morrer pelas mãos de um deles, ter logo uma filha é realmente foda. Uma filha traumatiza qualquer louco que tenha medo de ser morto por filhos, ruim mesmo é quando completam 16 e começam a namorar os vagabundos, mas pode piorar quando não só namoram como também querem trazê-los para casa. Você pode pensar que uma visitinha de um namoradinho vagabundo da filha não faz mal nenhum, mas até começarem a morar em sua residência, mandar sua esposa lavar as cuecas e te chamar de alguma gíria adolescente, você vai mudar de idéia. Esses fatos fariam qualquer pessoa normal enlouquecer e dar uma marretada na cabeça do filho da puta, mas não Maurício, ele já havia perdido os culhões há muito tempo ou talvez nunca tenha possuído um.
Segunda feira é o dia do capeta e como prova disso foi numa segunda que Rita, aos 16, trouxe pra casa seu novo namorado e foi também numa segunda, na verdade a mesma segunda que Maurício foi despedido do emprego, fazia hora extra, se matava dia e noite e até nos fins de semana só pra dar dinheiro a um filho da puta que nunca viu na vida e como recompensa é despedido por uma justa causa que nem foi tão justa assim. Chegar em casa com uma notícia dessa era demais, se quando tinha um bom emprego como arquiteto de uma empresa respeitável a filha e a esposa já o achavam um fodido, o que iriam pensar agora?
Abriu a porta e se depara com um elemento peculiar, usava boné pra trás e tinha cabelo grande, maior do que o que ele possuía quando ainda era moço.

-Iaê maluco.- Fala o estranho.
-Quem é você?
-Namorado da Rita.
-Namorado? E porque não fiquei sabendo que você existia antes?
-Sei lá.

Maria, sua esposa estava no quarto assistindo novela, a porta abre dando espaço pra seu marido que destinou a família à uma vida de merda.

-Ei, tem um cara lá na sala dizendo que é namorado da Rita.
-É, eu sei.
-Você sabe? E porque eu nunca soube?
-Porque você nunca perguntou.
-E precisa?
-Qual foi a ultima vez que você se preocupou com a vida de sua filha?
-Eu me preocupo sempre.
-Não, você passa o dia todo trabalhando.
-Ah é? Então agora acho que não vamos ter mais esses problemas clichês. Me botaram pra fora.
-Quê?
-Fui despedido, vou ficar o dia todo em casa.
-E vai viver de que? Luz?
-Não, depois arrumo outro emprego.
-Vai se foder.
-Fale direito comigo, ainda sou o homem dessa casa.
-Ah, não me enche o saco, a novela começou.
-Cadê Rita?
-Tá tomando banho, não viu o banheiro fechado e o barulho do chuveiro que você ainda não consertou?
-Depois eu dou um jeito.
-Depois? Porque ainda ta ai parado com essa cara de viado? Porque não vai achar um jeito de ganhar dinheiro?
-Ei amor, depois eu dou um jeito em tudo.
-“Ei amor” o caralho, você é um filho da puta. Me diz, qual foi a ultima vez que você me deu um orgasmo?
-Ontem.
-Não, não foi ontem. Ontem foi o dia que você conseguiu o recorde mundial.
-Como assim?
-Puta merda, você meteu por menos de 1 minuto.
-Ah. Vou tomar um banho.

Saiu do quarto ao mesmo tempo que sua filha estava saindo do banheiro, com um vestido de vadia, maquiagem de vadia e cara de vadia.

-Ei, pra onde está indo?
-Não é da sua conta, pai.

Beijou o namorado e ambos foram embora. Maurício entra no quarto novamente.

-Ainda não arrumou um emprego? – fala a mulher.
-Não.
-Olha, não estou agüentando mais você. Quero divorcio.
-Eu acabei de perder o emprego, minha filha acabou de sair pra algum lugar que não faço a mínima idéia de que lugar seja com um cara que também não faço a mínima idéia de quem é, e você agora quer divorcio?
-Sim, arrume suas coisas e dê o fora daqui.
-E vou pra onde?
-Pra onde quiser.
-Mas essa casa aqui é minha.
-Não é mais.
-Ok.

Foi na sala, pegou o telefone e ligou para o Rios, ou seja, eu.

-Alô? Rios?
-Sim.
-Quer tomar uma cerveja?
-Já estou tomando.
-Aonde?
-Você ligou pra minha casa, devo estar em casa, né?
-É verdade.
-Mas, quem é que ta falando?
-Maurício, porra.
-Ah, é você, cara? Faz tempo que não te vejo.
-Sim.
-E porque ta ligando agora?
-Porque estou na merda e quero beber com alguém que sempre viveu na merda.
-Ah é? Então tome no cu e se foda. – desliguei.

O telefone toca novamente

-Maurício, você não pode sair ofendendo os outros assim.
-Tá, desculpe.
-Me traga um cigarro, duas ruivas e umas cervejas que eu te desculpo.
-Ok.
-Ei, porquê você está na merda? sempre foi o cara mais estudioso da turma, casou-se cedo e tem uma filha linda.
-Vou te dizer porque estou na merda.. Perdi meu emprego, minha mulher reclama da vida sexual, diz que eu sou um fudido e quer divorcio, minha filha acabou de sair com roupa de vadia e com o namorado vagabundo que tem cara de rock star.
-Como era a roupa dela?
-Era um vestido preto com um tecido que parece com couro todo grudado no corpo e um decote maior do que a sua bunda.
-Maurício, acho que tive uma ereção.
-Vai se foder, Rios.
-Seguinte cara, isso é fácil de resolver.
-Ah é?
-Sim, dê um tabefe bem no meio da cara da sua mulher e emprego você arruma outro.
-Faltou um problema.
-Ah, você me da o numero do celular da Rita que eu resolvo.
-Rios, ela só tem 15 anos, da pra parar de ser depravado um pouco?
-Não Maurício, ela tem 16.
-16? Como sabe?
-Eu estava lá contigo quando ela nasceu há 16 anos atrás. Estou pedindo o celular dela pra RESOLVER o problema e não criar outro, seu retardado.
-Você vai conversar com minha filha?
-Vou.
-Não, não vai. Se eu te der o numero do celular, no outro dia, ela aparece grávida.
-Estou te esperando em minha casa, não esqueça de dar um tapa na mulher.
-Não posso bater na minha mulher.
-Porque não?
-Porque ela é minha mulher!
-Eu acho que você que é mulher dela.
-Pare de falar besteira, eu ainda sou o macho alfa, e a minha casa é meu território. O problema é que eles ainda não descobriram isso ou se esqueceram.
-Você pode ser um macho alfa, alfabetizado, mas não um alfa do tipo que a gente ver nos documentários sobre a vida selvagem do discovery channel ou de qualquer outro canal parecido.
-Não, eu sou um macho alfa.
-Não, não é, eu tenho um computador agora, sabia? Tem até internet nele, estou, nesse momento pesquisando no google sobre machos alfas, vou ler pra você: “O macho alfa tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante e bravura.”, Você tem alguma dessas qualidades?
-Claro, sou um macho alfa de primeira.
-Não, não é, vou ler o resto: “É o primeiro a se alimentar e possui primazia na cópula e escolha das fêmeas. O macho alfa frequentemente demonstra seu domínio rosnando, mordendo, perseguindo, dilacerando, ou descansando sobre outros animais, até que sua superioridade seja posta a prova por algum outro integrante do grupo que, se vencê-lo no embate, passa a assumir sua posição.”, você rosna pro namoradinho da Rita? morde sua mulher? não! você é um fodido.
-Obrigado, Rios, não vou ser nenhum otário, terei que tomar uma atitude.
-Espera, não vá fazer nenhuma besteira.
-Que tipo de besteira?
-Do tipo Shakespeariana, que todos morrem no final.
-Para de falar besteira, Rios, eu decidi que não serei mais nenhum otário de agora em diante.
-Boa sorte, então. Tchau. – desliguei.

Maurício entra no quarto e sua mulher o olha com um olhar sombrio e penetrante que outrora o fazia murchar os testículos.

-Porque você simplesmente não morre? – fala a mulher.
-E porque você não cala essa boca e chupa minha pica?
-Faz tempo que não fala assim comigo, o que houve? Andou conversando novamente com aquele Rios?
-Não.
-Você é ridículo, some da minha frente.
-Vou te dar um tapa se não começar a me respeitar.
-Você não tem culhões pra isso.

Deu-lhe um soco bem no meio do nariz e a coitada cai no chão ensangüentada, levanta-se vagarosamente, faz uma cara de puta e solta um gemido de prazer.

-Que porra é essa?! – Pergunta Maurício.
-Aiii – Outro gemido de prazer.
-Você gostou de apanhar? sua depravada.
-Não, te imploro, não volte a me bater, aiiaiaiaiai.

Agora a esposa tomou um tapa que a faz cair na cama de pernas abertas, a vadia ainda se pôs a fingir um desmaio.

-Você não estava reclamando que não te fodo direito? agora vai implorar pra não ser fodida nunca mais.

Rasgou a blusa, rasgou a calcinha e começou a meter igual a um animal, tapas e murros não foram poupados, o segredo para chegar ao orgasmo estava nos mamilos da mulher, era apenas apertar e pronto. Depois de uma foda bem dada com direito a 4 ou 5 gozadas, Maria cai no sono sabendo que não iria poder sair na rua por pelo menos 2 meses porém estava satisfeita com o desempenho sexual do marido. Maurício, que também já havia ferrado no sono, acorda ao som de pancadas que pareciam ser de socos no crânio.

-De onde vem essa zoada?

A esposa permanece quieta, Maurício se levanta, vai até a sala e se depara com a filha cavalgando no pau de um vagabundo enquanto lhe enchia a cara de murros. Sem perder tempo, ele arrasta a filha de cima do pau e a joga no chão.

-Te criei pra ser uma mulher e não uma vadia igual sua mãe.
-Problema seu.

A pequena puta cai no chão pelada ao receber um tapa no meio da cara que fica destacada em vermelho pelos cinco e grossos dedos do pai.

-Pai, você nunca me bateu. Vou ficar deformada.
-Problema seu.

O vagabundo ainda estava deitado no sofá de pau duro porém aparentava ter perdido a consciência por drogas ou talvez pelos socos que ganhara da Rita. Maurício o arrasta pelos cabelos e o joga na rua, pelado e de pau duro.

-Ele é muito melhor que você. – diz a filha.
-Pelo menos meu pau é maior.
-Você me da nojo.
-Se não calar a boca eu te deixo tetraplégica.

Entrou no quarto e voltou a dormir. Depois de um tempo pondo em pratica meus conselhos, Maurício tornou-se um macho alfa de primeira, passava o dia todo dormindo, bebendo cerveja e vendo televisão enquanto a esposa trabalhava pra por comida na mesa da família e a filha estudava em um colégio de freira, suas notas tinham que ser boas, afinal, algum dia iria precisar de dinheiro pra sustentar um marido.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Glória em uma vida inútil.

Aluguei um apartamento com dois quartos, uma cozinha, um banheiro e uma pequena sala, era um lugar perfeito que deveria valer pelo menos o dobro do preço que propus pagar, e o melhor é que ainda vinha mobiliado. Chamei alguns amigos para conhecer o novo lar e se embriagar, na verdade, a única finalidade era beber. Márcio aparece com seu calhambeque e duas garotas, uma delas era sua namorada, sobe as escadas e bate na porta. Levantei-me do sofá e abri apenas de short, um short que costumava usar para dormir. Márcio estava abraçado com as duas e segurando uma garrafa de wisky , uma das garotas era sua fiel companheira, loira com cara de alicate, seios empinados e sem sutiam, a outra, era uma baixinha ruiva que já estava bêbada e mal conseguia ficar de pé, me lembrava uma japonesa, mas não tinha olhos puxados, acho que era sua cara amassada ou sei la.

-Ei Rios, trouxe um presente pra você. – falou Márcio
-Ah, obrigado. – tomei sua garrafa de wisky e dei duas goladas. –Tem um cigarro ai também?
-Estava me referindo a garota.
-Sua namorada ou essa outra ai?
-Essa outra aqui.
-Mas você trouxe ela pra mim?
-É.
-E ela vai querer?
-Sei lá, esqueci de perguntar.
-Ei garota, você está bem? – cutuquei a testa dela.
-mmmwmamnino.. –Respondeu a bêbada.
-Quê?!
-Blurp!
-Ei, se for vomitar, que vomite na casa do caralho. Cacete, Márcio, quem é essa garota?
-A achei dormindo lá nas escadas do meu prédio.
-E você trás pra cá?
-Sim.

A garota deu alguns passos, chegou na janela e vomitou.

-CARAAAAAAALHO!! – Gritei -Mal cheguei aqui e os vizinhos já vão fazer abaixo assinado pra me despejar.
-Calma Rios, nem vão saber que foi daqui.

Fui até a janela.

-Ufa, ainda bem que a porra só melou o seu carro.
-Meu carro?!
-Sim, seu calhambeque.
-CARAAAAAAALHO!! – Gritou Márcio.
-Calma Márcio, é só levar em qualquer posto de gasolina desses ai que vem um cara e limpa tudo.
-Vou matar essa vadia!

Foi se aproximando do projeto de ruiva, seus olhos estavam em brasa devido ao extremo ódio.
Ploft
A garota cai no chão e permanece lá.

-Nossa! Você matou a menina. – falei.
-Nem toquei nela!!
-Mas matou! Ela ta morta!
-Não matei, nem mesmo cheguei perto!

Olhei para o sofá e lá estava a loira deitada de cara enfiada em uma das almofadas.

-EI, SUA MULHER TA MORTA TAMBÉM!
-Fodeu!!
-Fodeu o caralho! Leva esses corpos daqui, você que trouxe, você se vira!
-Cacete, eu ia dar minha primeira foda com ela agora.
-Você nunca fodeu com essa puta ai?!
-Não.
-Ainda da tempo.
-Vai se foder, Rios.
-mmmwooamomwo – murmurou a ruiva.
-TA VIVA! VIVAA! – gritei.
-Que gritaria de maluco é essa? – Perguntou a loira.
-Cacete, vocês não estavam mortas agora pouco?! – Perguntou Márcio.
-Acho que não. Tô muito bêbada e quero voltar pra casa.
-Não quer não.
-Quero sim.
-Não discuta comigo, se eu digo que não quer é porque não quer mesmo.
-Então ta.

Márcio a levou para o meu quarto.

-Esse quarto é o meu, leva pro outro. – falei.
-Tá.

Levou para o outro quarto e trancou a porta. A ruiva ainda estava ali no chão com as costas escoradas na parede. Sentei-me do seu lado.

-Oi?
-rrôi
-Tirando essa sua cara amassada, você até que é bonitinha.
-...
-Ah, morreu de novo?
-...

Abaixei a alça da blusa e avistei o seio esquerdo.

-É, até que você é gostosinha também.

Carreguei-a até ao meu quarto, coloquei-a na cama e tranquei a porta. Embora estivesse demasiada bêbada para interagir, foi a melhor foda da minha vida.
Márcio bateu na porta.

-Rios, tô saindo.
-Tá, deixa o Wisky ai.
-Ok.

Quando ouvir a porta de casa batendo e anunciando a saída do amigo, levantei peguei a garrafa e bebi o resto, sentado em minha cama admirando a ruiva pelada. Acendi um cigarro, terminei de fumar e dormi.
De manhã, a doida me cutuca a cara.

-Ei, porque acordei pelada e você ta ai pelado?
-É, também não sei, porque será?
-Acho que algum maluco que assistiu Jogos Mortais demais fez isso.
-Ah, larga de ser doida, você bateu aqui ontem tão bêbada que mal se agüentava em pé, te coloquei na minha cama e você me chamou pra foder.
-E fodemos?
-Fodemos umas quatro ou cinco vezes.
-Que lugar é esse aqui?
-Meu apartamento.
-E fica aonde esse seu apartamento?
-Em Salvador.
-Que bairro?
-Brotas, avenida Dom João VI.
-Que merda.
-Merda?
-Sim, acordei ao lado de um cara que nunca vi na minha vida.
-Não tem problema, isso acontece o tempo todo.
-Acho que vou embora.
-Não precisa ir.
-Por quê?
-Porque eu gosto de você.
-Você nem me conhece.
-Mas mesmo assim eu gosto. Aonde você mora?
-Não moro em lugar nenhum.
-Como assim?
-Vivo pela sorte.
-Quer morar aqui comigo?
-Você está me pedindo em casamento?
-Acho que sim.
-Eu aceito.

Dei um beijo e a puxei para cama.

-Mas eu nem sei seu nome.
-Rios, Henrique Rios.
-O meu é Glória, e aonde você trabalha.
-Trabalho em casa.
-Fazendo o que?
-Escrevo contos.
-E da muito dinheiro?
-Até agora não me deu dinheiro nenhum.
-E como faz pra pagar o apartamento?
-Vivo pela sorte.

Dei outro beijo e comecei a meter, conseguir dar duas fodas.

-Ei Glória, compra um vinho ali no mercado.
-Que vinho?
-Qualquer um.

Entreguei-lhe 10 reais, desceu as escadas e foi no mercado. Acendi um cigarro e fiquei olhando a vida das pessoas pela janela, conclui que existe muita gente no mundo e mesmo eu sendo um cara deprimido com tendências suicidas, a maioria dessas pessoas não tem a metade da minha felicidade. Dei apenas 10 reais para garota, ela aparece com um vinho de 15 reais e duas carteiras de cigarro, a maioria das pessoas realmente nem sonham em chegarem a ser tão felizes como eu.



Olá leitores, deixem comentarios aqui no blog.. ninguem comenta.. =/

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Cidade Maldita

Ser roubado já é muita sacanagem, mas às 5 da tarde no meio de uma avenida movimentada por três molequinhos atrás de uns trocados pra entupir o nariz de cola, no mínimo é absurdo. Não poderia perder minha carteira com 38 Reais, alguns telefones e identidade, corri atrás dos três ladrãozinhos, acho que mais de 30 km, estava apto pra conseguir um ouro nas olimpíadas. Alcancei os bandidos e chutei a perna de um, que pra minha sorte, era o que carregava o meu pertence, o infeliz caiu no chão rolando e se ralando todo no concreto, no meio do sangue e dos gemidos agonizantes, tirei minha carteira da mão no meliante, os outros, simplesmente sumiram. Duas senhoras na casa dos 50 ou 60 presenciaram a cena.

-Ohhh.. Porque fez isso com o bichinho? - perguntou uma das velhas.
-Porque ele é um animal.
-Coitadinho dele, olha, ta todo ensangüentado. Você é um monstro.
-Se fosse sua bolsa, não estaria falando isso. Essa criança de merda que é o monstro.
-Vou chamar a policia.
-Pra me prender?
-É.
-Olha senhora, com todo respeito, vai tomar no seu cu.
-Quê?
-Vai tomar no seu cu e não me encha o saco!

Sai à procura de uma cerveja. As pessoas foram se juntando pra ver o delinqüente desmaiado e discutir como eu era um filho da puta, uma gorda me defendia aos berros, que de longe pude escutar, mas estou pouco me fudendo pra assuntos triviais como esse. Adentrei em um bar, o cheiro que saia do banheiro dava pra sentir antes mesmo de sentar no balcão e ser ignorado pelo balconista negro e filho da puta.

-Ei.. não me viu sentado aqui não?
-Ah. Perdoe-me, não te vi ai sentado, o que você quer?
-Uma cerveja, por favor.
-Pode me mostrar sua identidade?
-Quê?!
-A identidade, por favor.
-Quando eu era menor de idade ninguém me pedia a identidade, olha pra minha cara! Você ta de sacanagem, né? Tenho cara de criança? Me da uma cerveja, skol, em lata mesmo.
-Olha, não podemos vender bebidas para menores.
-Foda-se então. Ver aqui minha identidade.
-1989, é, já pode beber.

Abriu o freezer e trouxe uma garrafa de Brahma.

-Sabe o que você faz com essa garrafa? Enfia no meio do cu.

Levantei e andei em direção a rua, um dos clientes se pronunciou.

-Não precisa ser tão grosseiro, garoto.
-Se você está incomodado, levante-se e resolva o problema.

Permaneceu sentado, dei as costas e continuei seguindo até ultrapassar a porta e estar oficialmente fora daquele amplo de idiotas filhos da puta.
Um carro passou devagar pela porta do bar, deu ré e parou na minha frente, devido à película de fumê que cobria o vidro, não pude identificar quem estava dentro, pensei que poderia ser algum retardado querendo informação, mas pra minha sorte era outro tipo de gente. O motorista foi abrindo o vidro bem devagar, primeiro, pude ver seus cabelos que não me pareciam peculiares, quando vi os olhos, vermelhos de cachaça e ódio, me dei conta de quem estava a pilotar.

-Rios, tem um cigarro ai?
-Pra você, tenho até dois.
-Então, entra no carro!
-Que isso? Seqüestro?
-Entra logo, porra!

Entrei. Tinha mais dois lá dentro, ou seja, Felipe e André, ambos grandes companheiros de noites que poderiam ser solitárias, o motorista, Márcio, também um velho amigo.

-Então, senhores, pra onde estamos indo? – perguntei.
-Estamos passeando – respondeu o André.
-Ah.

Acendi um cigarro e abri o vidro, o carro nem era equipado com ar-condicionado e a merda da janela fechada, odeio ficar respirando o mesmo ar dos outros, pior mesmo era o calor.

-Rios, olha pro banco. – Falou o Márcio.
-Estou vendo, parece um queijo suíço.
-Sim, por causa de uns retardados que fumaram ai no banco de trás.
-Que sacanagem.

Continuei fumando, se eu não sou retardado, então, eu posso fumar. Márcio parou o carro no encostamento e começou a falar em um tom agressivo.

-Não pode fumar dentro do carro!
-Não precisa falar assim comigo, cara.
-Me desculpe, estou estressado pra caralho hoje.
-Acontece.

Joguei o cigarro fora, o carro voltou a fazer parte do trafego e um longo e inquietante silêncio tomou conta dos quatro rapazes dentro do calhambeque prata.

-Então, Márcio, qual a merda que ta rolando. – perguntei.
-Fui multado.
-Por quê?
-Porque eu ultrapassei um sinal vermelho às duas da manhã. Foi mal mesmo, Rios, além dessa merda, ainda existe várias outras pequenas merdas que quando somadas fodem com o juízo de qualquer um.
-Meu dia hoje também não foi bom.
-Essa cidade não presta.
-Não mesmo.
-Vamos pra outra.
-Quê?
-Vamos pra outra.
-Pra outra?
-Sim! Não me faça repetir.

Concordei, os outros também concordaram e ainda estavam animados, principalmente o André que no seu estado normal, sempre está, em uma estúpida alegria digna de ser invejada por qualquer membro da população mundial, menos por mim, odeio esse tipo de gente.

-Qual cidade? - perguntei
-Qualquer uma, tanto faz. Felipe, da uma dose pro garoto.

Felipe, tirou de debaixo do banco do carona uma garrafa de wisky, não qualquer wisky, era um Black Label, fazia tempos que não sentia esse liquido descer pela garganta.

-Pega ai, Rios
-Felipe, eu te amo!

Abri a garrafa e dei duas goladas.

-Vou te contar um segredo, Rios, ainda tem mais 3 garrafas dessa intocadas aqui.
-Caras, eu amo vocês!
-Rios, acende seu cigarro, se queimar meu banco, eu te ranco essa sua cabeça ai. – Falou Márcio em um tom descontraído e alegre.
-Nossinhora! Eu amo vocês demais.

A viajem demorou tanto que cabei dormindo, sempre é a mesma coisa, se eu passar mais que uma hora dentro de um automóvel, é certo de o sono me dominar. Quando acordei já eram duas da manhã e o carro ainda estava se movendo.

-Ei, onde estamos? – perguntei.
-Estamos perto. – Respondeu Márcio.
-Perto da onde?
-Perto do fim do mundo.
-Deixa de onda porra.
-Cacete, tanto faz.
-Tanto faz o quê?
-Tanto faz o nome do lugar. Já estamos chegando, apenas relaxe.
-Ta.

Finalmente chegamos a tal cidade, na entrada havia somente uma placa que continha escrito “Bem Vindo”. Paramos o carro na frente do único lugar que ainda estava aberto, aparentava ser uma boate. Desci do veículo, estiquei as pernas e Felipe me avisou:

-Essa cidade é do demônio.
-Não existe cidade do demônio.
-Essa é.
-E o que tem demais nessa cidade?
-Não reparou que é a única cidade pequena que não tem uma igreja na praça?
-Então, deve ter uma igreja em outro lugar, ou sei lá.
-Você que sabe, estou te avisando, essa cidade é do demônio.
-Só porque não tem uma igreja na praça?
-Não é só por causa disso, tudo é estranho. Ah. Você vai ver que daqui a pouco vai acontecer merda, no mínimo, com influencia demoníacas.
-Larga de ser doido, essas coisas não existem.

Duas putas vieram nos cumprimentar, ainda no lado de fora do estabelecimento, o porteiro, negro e com meia tonelada de músculos olha, fazendo uma análise completa dos quatro forasteiros que acabam de chegar.

-Aqui dentro as putas são melhores. – adverte o porteiro.
-Tá, então vamos entrar. – Falou Márcio.

O Negro me segurou pela camisa com tanta força que quase morro estrangulado.

-O que significa isso? – perguntei.
-Identidade, por favor.
-Não precisa me estrangular pra pedir identidade. Sou maior de idade.
-Então mostra a identidade.
-Vem cá, tenho cara de quantos anos?
-14 ou 15.
-Você é um mentiroso.
-Mostra logo a identidade.
-Não vou mostrar não. Tenho cara de quase 30.
-Não tem não.
-Cacete.

Tirei a identidade da carteira estava a ponto de esfrega-la na cara do filho da puta, mas não sou nenhum burro, embora eu tenha 1,75 de altura, ele é o dobro do meu tamanho, pelo menos sentado era do mesmo nível.

-1989, é, já pode fuder.
-Ah. Vai pedir identidade dos outros não?
-Não. Eles tem cara de quase 30.
-Foda-se.
-Quê?!
-Nada não.

Finalmente entramos na boate, no momento em que demos os primeiros passos antes de sentar em uma mesa a musica parou, as putas pararam de dançar e todos começaram a olhar para nós.

-Fudeu? – perguntei assustado.

Antes que alguém pudesse responder, as putas se puseram a dançar, os fregueses voltaram a beber e passar a mão nas bucetas alheias e a musica a tocar, mas não a mesma, era Tchaikovsky agora.

-Eu te disse Rios. Esse lugar é do cão. – Falou baixinho em meu ouvido.
-Vai à merda, Felipe. Vamos sentar na mesa ali. – fui andando até a mesa.
-Rios, você já ouviu uma boate cheia de putas tocar Tchaikovsky?
-Não, mas se eu tivesse uma, tocaria Beethovem.
-E você viu que todos pararam de curtir e trabalhar só pra olhar nós quatro entrando? Até a musica parou.
-Sei lá, esse povo de interior é tudo maluco mesmo.

Era um sofá redondo com uma mesa no meio, um dos assentos era tipo uma porta, se tivesse alguém sentado ali e abrissem a “porta” o infeliz que estivesse sentado estabacaria a cara no chão. Sentamos e acendi um cigarro. A musica era boa, as putas eram boas, tirando o pequeno caso inexplicável, tudo estava perfeito.

-André, escolhe uma puta dessas pra levar. – Falou Márcio.
-Tá.

André se levantou e sumiu no meio da multidão. Uma das putas dançarinas pulou pra dentro de nosso circulo acolchoado.

-E então putões, querem uma dança.
-Se for de graça, eu quero. – Falei.

Ficou de pé em cima da mesa e se pôs a dançar rebolando e descendo até esfregar a tabaca na minha cara, puxei sua calcinha rosa e fio dental pondo-lhe uma nota de 1 real. A puta pulou no meu colo, esfregou sua buceta no meu pau, esfregou os peitos no meu rosto e esfregou as mãos por todo meu corpo, parecia uma macaca.

-Cansei dessa esfregação, como é pra eu meter em você?
-150.
-Ah, então vai se esfregar em outro.
-Que pena gatão, queria foder com você.
-Uma foda por 150 Reais, você realmente quer foder comigo.
-Deixa eu te contar um segredo, se o chefe não estivesse de olho, eu foderia aqui mesmo, de graça.
-Ah, que merda, né?
-É.

Levantou e foi embora

-A puta só dança pro Rios. – Falou Márcio indignado.
-Tô falando que essa cidade é do demônio... – Felipe, voltando a encher o saco com esse assunto.
-Cacete Felipe! para de ser maluco. – Falei.

André apareceu de mãos dadas com uma puta que parecia ter 16 ou 17 anos, 1,55 de altura e no máximo 40 quilos.

-Escolhi essa aqui, faz 50 reais pra nós quatro.
-E agente precisa alimenta-la também? – Perguntei.
-Como assim? – Peguntou a puta magrela.
-Você é muito magra, tem certeza que é 50 mesmo? Muito cara.
-Menino, você é ridículo.
-Ei, eu sou seu cliente, me trate com respeito, sua vaca.

Apareceu um cara grandão, com um certo volume tapado pela camisa.

-Algum problema ai? – perguntou o homem.
-Não, vou levar essa mesmo.
-Essa ai é de qualidade.
-Tou vendo, é mesmo.
-Nível internacional.
-Que bom.

O cara foi embora, provavelmente, cuidar dos negócios de outra garota e a nossa puta deu um grande sorriso sacana.

-Ta rindo do quê? Vou te foder tanto que você não vai conseguir andar por 2 semanas.
-Sei..
-Sabe nada.

Levantamos, saímos do puteiro e entramos no calhambeque, seguimos até um lugar que parecia um motel, pelo menos tinha uma placa escrito “Love Motel”. No balcão, outro negro monstruoso, esse era o maior de todos que eu já havia visto.

-Quanto é um quarto? – Perguntei.
-25.
-Ok.
-Identidade, Por Favor.
-Ei, ta vendo essa puta ai? Eu tive que mostrar a identidade pra entrar naquele puteiro fedido.
-O único puteiro da cidade é o meu. Ta dizendo que ele é fedido?
-Olha, eu só quero fuder, nada mais.
-Então mostra a identidade.
-Puta merda! vou ter que andar com a identidade grudada na testa.
-1989, é, já pode fuder.
-Ei, mas eu não te mostrei a identidade ainda.
-Quarto 12, pega a chave.
-Caralho, como você sabe que é 1989?!

Permaneceu calado.

-Rios, não discute. – disse Márcio.
-Essa cidade é do dem..
-CALA BOCA PORRA! – gritei! –Tô ficando puto já! Vamos foder essa puta e dar o fora daqui.

Entramos no quarto 12, era um quarto normal, uma geladeira, um banheiro e uma cama macia e grande. A puta despiu-se e deitou na cama com as pernas abertas.

-Você primeiro, Rios. – Falou a puta.
-Não é você quem decide isso, mas vou primeiro mesmo.

Tirei minha roupa, montei na puta, comecei a meter e sangue escorreu da buceta.

-Puta que pariu! Você é virgem?!
-Era.
-Uma puta virgem?!

Levantei assustado.

-ESSA PUTA É VIRGEM!

Estavam os três parados na janela.

-EI!! Estão me ouvindo?!
-Rios, cala boca e olha aqui na janela, essa cidade é do demo.

Fui até a janela, a cidade toda estava acordada com tochas de fogo na mão, parecia uma cena de filme.

-Fudeu? – Perguntou Márcio.
-Sim, ela é virgem!
-Não animal, to falando, que fudeu! Olha só quanta gente com tocha na mão!!
-Ah, vamos dar o fora daqui! – propôs Felipe.

A puta se levantou e bateu em minha cabeça com uma barra de ferro que não sei da onde ela tirou, talvez da buceta. Desmaiei.

-Rios!! Rioss!!!! Riooos!!! – Gritava André enquanto Márcio esbofeteava minha cara.
-Acho que ele está morto! – Falou Felipe.

Acordei, estava sentado no banco de trás do calhambeque.

-Aonde nós estamos?
-Chegamos!

Abri a porta do carro e acendi um cigarro.
-Puta merda, que sonho filho da puta.
-Ei Rios..
-Diga Felipe.
-Você não acha que essa cidade é meio estranha? Nem tem uma igreja na praça como qualquer outra cidade normal.
-SERIO?!
-Sim!

Olhei pra trás, lá estava o puteiro, dava pra ouvir Tchaikovsky vindo de dentro.

-Tchaikovsky?! – perguntei.
-É, esse puteiro é famoso por tocar só música clássica. – Respondeu Márcio.
-Que se foda, vamo dar o fora daqui, essa cidade é do demônio!
-Essa cidade é do demônio mesmo. – Reforçou Felipe.
-Larguem de viadagem ai vocês dois, esperem no carro que eu e André vamos trazer uma buceta.
-Não entra ai Márcio!!! – Falei em um tom desesperado.
-Já volto.

Ficamos no carro, minha mão tremia, minha espinha congelava e Felipe não parava de repetir “Essa cidade é do demônio”. 10 minutos se passaram e quando eu já perdia as esperanças de permanecer vivo, Márcio sai correndo de dentro do puteiro.

-ENTRA NO CARRO PORRA!!

Entramos no carro, Márcio correu mais rápido que um carro de Formula 1, pegamos a estrada e quando o transtorno passou perguntei:

-Ei, cadê o andré?!
-Se fodeu!se fodeu! – Respondeu Márcio.

Mais adiante a estrada estava fechada por cerca de 20 mil pessoas com tochas e tridentes na mão. Cercaram o carro, quebraram os vidros e lá no meio da multidão, estava a puta virgem com uma barra de ferro, desceu novamente aquela merda em minha cabeça e eu desmaiei.

-Riosss!! Rioooos!! Rioooos!!
-Oque você quer, mulher?
-Quero que você pare de escrever essas merdas e venha pra cama.
-Tá.
-Compra um vinho antes.
-Não, depois eu compro.

Levantei da cadeira e deitei-me na cama, dei duas fodas com Priscila, a garota mais linda de salvador e dormi.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sabão, deslizes e encaixes.

Quem ganha uma bolada em jogo sempre pensa que é o tal. Eu tinha meu quartinho, putas a preço de fabrica, cigarros, bebidas e dinheiro sobrando. Geraldo, o barrigudo dono do cassino caseiro, bate na porta do meu quarto.

-Olha Rios, eu gosto muito de você e tudo mais, só que fica foda te manter aqui.
-Quê?
-Vou resumir. O mês acabou e você não vai poder ficar mais aqui.
-Como assim cara? Eu tenho dinheiro pra pagar outro mês.
-Rios, Eu estou falindo com você aqui, mal sabe jogar e ganha uma bolada em todas partidas que joga de poker. Não era pra ser assim, a casa sempre tem que ganhar porra.
-Ah.
-Sinto muito cara.
-E se você me pagasse 200 por semana e todo lucro eu desse pra ti?
-200 por semana? você ta de sacanagem.
-Ok, então, eu te dou metade dos meus lucros e você me deixa com esse quartinho aqui.
-Não, você me da 90 por cento dos lucros e eu deixo com o quartinho.
-90? Não.
-Então arruma suas coisa e some daqui.
-Calma. Posso te dar 80 por cento. Você vai ganhar dinheiro pra fazer porra nenhuma!
-Ah. Só vou aceitar porque eu gosto de você.
-Pensando melhor, eu não quero mais.
-Por quê?
-Prefiro ficar com tudo o que ganho. E que sacanagem é essa? Você vai me proibir de jogar só porque eu sou o melhor jogador de poker do planeta?
-Vá pra Las Vegas então. Aqui não da mais. Foda-se.

Peguei minhas coisas, me despedi da minha putinha preferida, dando uma apertadinha ligeira em seus glúteos e fui embora.
Novamente estava sem lugar pra morar, pelo menos tinha 150 na carteira. Parei em um bar e tomei uma dose de conhaque, agora eram 147 Reais e cinqüenta centavos. Estava a papear com o garçom no balcão e senti uma mão em meu ombro, dava pra perceber que os dedos eram finos, até pensei que fosse uma das garotas do velho barrigudo.

-Rios, Quanto tempo, cara.
-UAI! Que susto do caralho!

Gaspar, um grande amigo, fazia tanto tempo que não o via que até o seu rosto eu já havia esquecido.

-Foi mal pelo susto, hehe.
-Tá, deixa pra lá. Como está Manoela? Ainda gostosa?
-Respeita irmã dos outros seu filho da puta! – deu uma gargalhada que parecia não ter fim. – como você está Rios? Tanto tempo que não te vejo, cara.
-Tou na mesma, sem dinheiro e as mulheres ainda cospem quando eu passo. Garcia! Bota uma dose aqui pro bacana.

Bebeu a dose em dois ou três goles, seguido de sua infame careta

-Você não sabe, a Manoela vai se casar amanhã. – falou ainda fazendo cara de limão azedo.
-Serio? Com aquele malhadão?
-Não. Com outro cara.
-Ah.
-Ele é vendedor celular, lá em casa agora todos tem celular com tecnologia de ponta.
-Você ainda mora com sua mãe? Você já tem quase trinta, larga de ser vagabundo, porra.
-Foda-se. Daqui a um tempo tô saindo fora de lá. Dê um saque no meu celular, no japão, nem lançaram ainda.
-O cara além de comer sua irmã, também ta te comendo é?

Deu outra gargalhada sem fim.

-Agora, falando serio, amanhã vai ser o casamento da Manoela, acho que ainda precisam de um garçom.
-E você acha que eu quero ser garçom?
-Sim. A grana é boa.
-Quanto?
-Sei lá, algo em torno de 100.
-Muito pouco.
-Cacete, você só vai trabalhar um dia.
-Porra, eu tenho pica pra ser candidato a marido da gostosa e você quer que eu me rebaixe a garçom?
-Eu só queria mesmo te ajudar, você sempre ta na merda.
-É.. pensando bem, até que a grana é boa...
-Então ótimo, a festa de casamento vai ser lá em casa mesmo, apareça lá amanha, às cinco da tarde.
-Olha gaspar, tem um problema.
-É?
-Sim, eu acabei de ser despejado, preciso de um lugar pra ficar.
-Olha cara, a casa não é minha, se fosse, eu dava um jeito pra ti.
-Deixa de conversa fiada, você é quem manda naquela porra, me põem pra dormir lá até eu arrumar um canto pra ficar.
-Se não for criar raízes, eu até posso deixar um colchão lá no chão do meu quarto pra você.
-Não pode ser no outro quarto?
-No da minha mãe?
-Não jumento, no da irmã.

Novamente, uma de suas gargalhadas que pareciam ser infinitas, já estava ficando meio nervoso com isso, tinha que me controlar pra não falar coisa engraçada.

-Você é muito bom Rios! Eu te amo, cara!
-Ah, larga de viadagem e paga uma cerveja pra nois,

Bebemos até anoitecer, Gaspar ficou extremamente debilitado devido ao consumo em excesso de variadas bebidas que adorava alternar a ingestão no intervalo de tragos no cigarro. Tive que o levar escorado em meu ombro até sua residência. Dei três batidas, um intervalo, e mais uma batida. A irmã, gostosa, loira e peituda abre a porta com cara de espanto.

-Que porra é essa?
-Encontrei esse vagabundo bebendo feito doido, só consegui trazer ele pra cá agora.
-Rios, você some e depois aparece do nada, e já levando meu irmão pro mau caminho.
-Que porra nenhuma, acabei de salvar esse bêbado, se não fosse por mim ele estaria dormindo no relento agora.

Deu um sorrisinho e uma piscadinha.

-Obrigada Riosinho lindo, você é um amor.
-Que nada, nem precisa agradecer, esse sacana já me salvou de várias também.
-Vamos dar um banho de água fria e botar esse animal pra beber um café.

A mãe sai de um dos quartos, com cara de sono e um cigarro aceso no canto da boca.

-Olha que bonito, não tem mesmo jeito essa criança. – Falou sem tirar o cigarro do canto da boca.
-Não mesmo – Reforçou a irmã. -Poem o bêbado no banheiro, Rios.
-Hey, não vou dar banho nele não, daqui a pouco a má fama se espalha e eu fico mal falado por ai pelo resto da vida.
-Rios, deixa de besteira, eu te ajudo a meter-lhe água fria.

Sendo ajudado pela Manoela, ficou mais fácil carregar o infeliz até o banheiro, as palavras de sua irmã começaram a ecoar em minha cabeça “meter-lhe, meter-lhe, meter-lhe, meter-lhe”, coloquei-o debaixo do chuveiro, senti uma mão delicada que para impedir a que a água começasse a cair teve que tocar a minha.

-Calma Rios, primeiro tem que tirar a roupa dele.
-Olha Manu, pode te chamar de Manu? Eu nunca despi um homem e nem estou com vontade de despir agora.
-Ah, então, deixa que eu faço. Fecha a porta.
-Ta.

Fechei a porta e ainda consegui trancar sem fazer barulho. A garota tirou a roupa do irmão o deixando apenas de cueca, era uma cueca gay e furada. Ela riu, eu também tive que rir, era muito cômico. Manoela ligou o chuveiro e se abaixou pra ensaboá-lo, dava pra ver perfeitamente sua calcinha rosa, e suas deliciosas coxas por debaixo da saia.

-Rios, sou uma garota praticamente casada e você ai excitado olhando minha calcinha. – Sorriu
-Na verdade, eu estou excitado imaginando você passando sabão pelo meu corpo todo, todos os dias, assim mesmo como está fazendo.
-Você ia ficar bem limpinho. – Se pôs a sorrir novamente.

Não hesitei, segurei em sua nuca e taquei-lhe um beijo.

-Para, meu irmão vai ver.
-Ele não consegue nem levantar a cabeça.

Taquei-lhe outro beijo e sem perder tempo fui passeando minha mão pelo seu corpo até chegar as coxas, fui subindo bem devagar até tocar a calcinha, masturbando-a através do pano, dava pra sentir um certo volume de pentelho, na exata medida que eu gosto. Abaixei a calcinha, avistei o glorioso triangulo pentelhudo. Ela só sabia gemer, gemia bem baixinho e gostoso, cada gemida fazia meu pau pulsar.

-O que é essa coisa grande e grossa se projetando em suas calças?
-Ah, nem sei o que é, deixe-me ver.

Botei o pau pra fora, Manoela agarrou com força e começou a chupar feito louca, enquanto chupava eu masturbava sua buceta que respondia com aquele som excitante de líquidos gosmentos. Sentei na privada e a enorme buceta peluda da loira se posicionou em cima do meu pau que bem devagar penetrou, subiu, desceu e gozou. Terminamos de dar banho no Gaspar, abençoado por uma irmã cuidadosa. Depois de vestido, levamos o sacana para sala, a mãe já havia preparado um café, ao sentir o cheiro forte, o filho da puta vomitou, para o meu azar, em cima de mim.

-Há! – Tentei rir.
-Vou dormir, o problema é de vocês ai. – disse a velha.

A velha miserável foi dormir e depois de muito esforço conseguimos botar o desgramado pra beber o café.

-Rios, vai tomar um banho, porra.
-Tá.

Fui ao banheiro, tirei a roupa e liguei o chuveiro, claro que deixei a porta encostada. Manoela aparece com uma toalha na mão.

-Esqueceu a toalha sabidão.
-E você esqueceu de olhar como meu pau ta duro.
-Nossa! Quantos centímetros têm ai?
-Vem medir.

Se despiu e entrou no chuveiro.

-Agora me ensaboa, sua gostosa

Pegou o sabão, e o foi deslizando por todo meu corpo, entupiu o pau de sabão e masturbou até gozar. Beijei seus lábios, quando meu pau subiu novamente, comecei a meter e gozei.
Saímos do banheiros e fomos até o quarto da loira.

-Riosinho, você vai dormir aqui hoje né?
-É o jeito né? Já ta tarde, é perigoso voltar pra casa essa hora.

Deitamos pelados na cama.

-Que é isso Rios? Já ta duro denovo? Você é um monstro.
-Sim.

Trepamos e acendemos um cigarro. Foram as melhores fodas da minha vida.

-Riosinho, acho que vou me casar com você amanhã.
-E vamos morar aonde?
-Não estou falando serio.
-Ah não?
-Mas, você fode muito melhor que o meu noivo.
-Então manda ele tomar no cu.
-Não posso, uma garota tem que pensar no futuro.
-Entendo, mas, se você o acha rico, não tem uma visão ampla como a minha e relativamente não serve pra mim.
-Como assim?
-Estou dizendo que ele é um bosta, e eu vou ser muito rico.
-Ah, Rios, para de falar besteira e vai dormir.
-E quando eu for milionário, eu te chamo pra fazer parte do meu Harém.
-Deus te ouça

Dormimos. Amanheceu, fui rebaixado de amante pra garçom, consegui dar umas beliscadas na bunda dela quando ninguém olhava e é claro que eu não servi ninguém, fiquei na cozinha bebendo e fumando com Gaspar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A vida sempre encontra um meio.

Ser um vagabundo sempre custou muito caro, quinze reais e quarenta centavos era tudo o que eu tinha em mãos, pelo menos, minhas despesas nem eram muito grande como a de alguns vagabundos que eu vejo por ai, a galera da ervinha, sempre correndo atrás de algumas moedas e papel de pão, de noite aglomeram-se aos montes na casa de alguém, em algum mato ou, como chamam, “bocada”, barrunfam sem parar todo ar do planeta com aquele cheiro extravagante de mato queimado, pior mesmo é a galera do pó, sempre correndo atrás de alguns dvds ou sei lá, qualquer coisa outra coisa que dê pra trocar por carreiras. Como de costume, a noite eu saiu pra beber, sempre sozinho e aos poucos vai-se aglomerando conhecidos, amigos e desconhecidos, cada um vai pondo na mesa seu dinheiro, como eu sou o único que não fica muito bêbado, confiam a mim toda aquela grana, no final sempre sobra e é claro que eu mantenho essa sobra toda no bolso, acho que é assim que eu consigo me manter. Até o final da noite, muita coisa estranha acontece, já vi de tudo em uma mesa de bar, desde vida extraterrestre até putas levando chineladas de seus respectivos cafetões. É uma vida muito boa, viver sem ter nada do que reclamar era o que eu pensava existir para sempre, por sorte eu tenho o meu grande amigo Rafael, que sempre tem a solução para todos os problemas do mundo, em uma mesa de bar estávamos lá, apenas eu e ele.
-Olha Rafael, estou fudido cara.
-Como assim?
-Estou na merda! Faz duas semanas que eu só tenho 15 reais, outro dia tive que comer uma puta no meio da rua porque não tinha dinheiro pro motel e o filho da puta do Manoel já se arrepende de ter me oferecido um quarto em sua casa.
-Ei.. você está hospedado na casa do Manoel?
-Sim.
-Putz! Já comeu a irmãzinha dele?
-Claro que não porra! ela só tem 14!
-E você só tem 18 seu bosta!
-De qualquer forma, ela mora com os pais, mas, sei lá, se eu tivesse irmã não ia querer nenhum vagabundo comendo.
-E você acha que a maioria das que você come não tem um irmão?
-Nenhuma delas é irmã de um amigo e ela só tem 14, mas acho que se ela quiser, eu posso até chupar-lhe os peitinhos.
-É.
-É nada, oh, estou fudido e preciso de dinheiro pra poder morar em algum lugar.
-Acho que eu tenho algo pra você Rios.
-Serio?! O que eu tenho que fazer? Já vou avisando que não dou o cu nem chupo.
-Se liga cara, não é nenhuma certeza, entende? Você só vai ganhar uma grana se tiver sorte.
-Só vou ganhar dinheiro se tiver sorte? que merda é essa? você quer me levar numa loteria?!
-Já ta decidido! vou te levar agora mesmo pra conhecer uns amigos meus!
-Puta merda! Já falei que não dou e nem chupo!
-Bora logo, é aqui do outro lado da rua!
-Paga ai a cerveja que hoje estou na merda.
Levantei e segui o Rafael até o outro lado da rua, andamos em direção a uma favela de prédios, eram prédios residenciais, não sei como esse filho da puta vai me fazer ganhar dinheiro em um desses prédios de pobres e miseráveis. Adentramos em um deles, o mais charmoso, tinha até interfone.
-Rios, aperta o 101.
-Tá.
Apareceram, em uma das janelas, 3 caras e 2 garotas, um de cada vez e o portão foi aberto.
-Que merda é essa Rafael? Ta rolando uma suruba ai e eles vão pagar pra participarmos?
-Você vai ver, se acalme porra!
-Tem até portão elétrico nesse caralho.
Subimos as escadas, batemos no 101, um negro de um e noventa com meia tonelada de corpo abriu a porta.
-Entra!
Até que era bonito por dentro, mas estava repleto de putas idiotas e de idiotas filhos da puta, os idiotas sentados em uma mesa redonda e verde jogando poker, cada um com sua puta, que serviam apenas para sentar no colo, acender cigarros, trazer wisky e massagear. Tinha também um negro com cara de doido e um cutelo na mão, ficava em pé ao lado da mesa, assistindo o jogo. Rafael entrou e já foi logo apertar a mão de um quarentão barrigudo, deduzi que era o que mandava em toda aquela merda, pos o chefão sempre é o mais gordo.
-Tudo tranqüilo Rafael? quem é esse amigo seu ai?
-Ele é um grande amigo meu, o Rios, o trouxe aqui para jogar uma partida conosco.
Uma das putas veio até mim com sua cara de puta depravada e tirou minha jaqueta, outra me ofereceu um cigarro e a terceira puxou uma cadeira e acendeu o cigarro.
-Bem vindo ao meu humilde cassino, Rios.
-Ok, muito obrigado.
-Alugamos quartos com tv a cabo e tudo mais por apenas 100 mensais..
-E uma dessas garotas quanto custa?
-Tenho cara de cafetão?
-Um pouco..
-Hohohoho! Já estou começando a gostar de você, meu jovem. Mas vamos logo para o que interessa! Jogamos aqui o poker tradicional ou fechado como preferir, sabe as regras né?
-Sim.
-Então vamos lá.. como você é novato, vamos começar com apostas mínima de 1 real, só mesmo pra você ver como funciona.
-Ok.
-E nem tente dar uma de esperto, aqui nos resolvemos os problemas da mesma maneira que o povo na idade media resolvia.
Olhou para o Negro doido de cutelo.
-Ok! Vamos jogar.
Na mesa, o gordo chefe com seu charuto fumacento, Rafael com sua carinha de bobo que não engana ninguem, um velho com cara de tarado que só devia ir ali mesmo pra comer as putinhas e um que não devia passar dos 30, olhar fixo nas cartas, um leve desespero em suas mãos tremulas e calado eternamente. Em uma mesa de poker, sempre tem um medroso que acredita fielmente em todos blefes e nunca consegue blefar, ele poderia estar com um Full House, se eu der meio blefe é certeza que corre na hora. O Gordo distribuiu as cartas, três lindos reis, uma dama e um nove vieram parar em minha mão. Apostei 3 reais no meu jogo, o velho não cobriu, o medroso obviamente não cobriu e o Chefão, também não. Hora da troca, é agora que vamos ter uma pequena noção da mão dos adversários.
-2 cartas pra mim! – entreguei o nove e a dama
-1 pra mim – disse o velho
-3 pra mim – o medroso.
-1 pra mim – Rafael
O gordo também pegou 2 cartas, em minha mão, o nove e a dama foram trocados por dois lindos valetes, todo mundo sabe que um par e uma trinca significa que eu sou o mais puto de todos e ganho a mão, o velho trocou uma carta, se tiver sorte vai ter uma seqüência, o cheio de tremelique veio com um par, no maximo faz dois pares ou uma trinca, o perigo mesmo é o gordo, ele trocou duas, pode ter pego um Full House também ou uma quadra, difícil de sair dois Full Houses em uma mão, mas eu já vi muita gente se fuder por isso.
-5 reais! – disse o gordo colocando uma nota de 5 na mesa.
-5? Pensei que isso fosse um jogo de homem!
Cobri os 5 dele e apostei mais 7, pra minha surpresa, o velho desistiu, o retardado das mãos tremulas botou 12 na mesa, Rafael também colocou 12, faltava o barrigudo.
-Ok garoto, vamos ver o que você tem nas mãos, eu pago pra ver!
Colocou 12 também. Baixei o meu lindo e glorioso Full House com todo gosto na mesa.
-Que sortudo de merda! – gritou Rafael!
-Sorte de principiante apenas. – Falei com um sorriso sacana e puxando toda aquela grana.
Depois de algumas horas, as putas já estavam disputando pra roçar em meu colo, o velho tarado e Rafael já tinham perdido tudo e deram o fora, o gordo fumando seus charutos um após o outro e o retardado já estava com síndrome de Parkinson. Em minha carteira já tinha 350 reais, já estava mais do que na hora de acabar a brincadeira antes que eu faça alguma merda e perca tudo.
-Olha, cansei já desse jogo e quero alugar um quarto ai com você.
-É, se eu continuar esse jogo vou a falência, toma ai a chave, é desse quarto aqui na minha esquerda.
O quarto tinha cheiro de pinho sol, uma televisão de 21 polegadas e uma cama dura pra caralho, parecia até que eu ia dormir em um quartel do exercito. Deitei na cama e liguei a tv, mal pegava os canais abertos, os fechados não passava de mito.
A porta se abriu, dando passagem a uma das putas, que se pôs de joelhos e começou mexer a bunda sem parar.
-Que tal uma garota boazinha? – perguntou
-Não. Estou cansado demais, pó. A única coisa que eu quero é dormir.
-Uma trepada legal ia te ajudar a pegar logo no sono. Ainda mais por 10 reais.
-Estou exausto.
-É uma garota limpinha.
-E onde está ela?
-Aqui mesmo
Pôs-se de pé, de frente para mim.
-Desculpe, quem sabe amanhã, agora eu só quero dormir mesmo.
-7 Reais, então.
-2 Reais.
-2 Reais é sacanagem.
-Então não quero
-Olha, o cara ta muito puto, perdeu muita grana pra você, se você recusar essa foda, aquele gordo filho da puta vai me matar.
-Ah, que se foda então, tira essa roupa e pula aqui.
Despiu-se fazendo um strip, como a luz estava apagada, não consegui ver quase nada, essa puta era ruiva, branca, dois melões no lugar dos peitos e uma buceta que deve caber até um caminhão dentro, sentou em cima do meu pau e começou a cavalgar feito uma louca, dei 7 Reais a ela e ferrei no sono.