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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um homem sem culhões não é nada.

Sentei-me na calçada e dei uma vomitada. Passou uma gorda vesga que parecia ter síndrome de down, peguei-a pela nuca e dei um beijo. Saiu andando rápido sem olhar pra traz. Cai na calçada e deixei escorregar a garrafa de vinho, maior parte do liquido fugiu. Dei uma golada no que restou e fui juntando forças pra me levantar, consegui por alguns segundos e a gravidade me puxou de volta. Só preciso ficar um pouco aqui parado, pensei. Só mais cinco minutos e eu consigo. Levantei-me e segui rumo a minha residência. As pessoas já estavam acordando pra irem trabalhar, estudar, ou qualquer outra porra que se faz cedo. Olhavam-me e sentiam inveja, medo, nojo e mais outras coisas.

-Ta olhando o quê filho da puta? – Perguntei a um filho da puta de terno.
-Nada.
-Volte a falar comigo de novo e enfio tua cabeça no seu cu.
-Bêbado Veado. – Entrou em um carro e seguiu seu rumo.

Depois de andar por um tempo, percebi que não fazia a mínima idéia de onde estava. Uma garota veio em minha direção.

-Que tal uma chupada aí nessa sua piroca, garanhão?

Fiquei parado olhando pra cara da puta.

-Não, Obrigado.
-Não tem dinheiro ou é veado?
-Os dois.
-Que pena. Chupo mais que um aspirador de pó.
-Ah é?
-5 reais e te mostro que o céu é aqui.
-Que tal eu te pagar um vinho e você me chupar só porque eu sou bonito?
-Você não é bonito.
-Mas sou legal, deixa eu te pagar um vinho e vamos sentar pra conversar.
-Conversar o quê?
-O quê você quiser.
-Não.
-Não? Que isso gata, não me dê um fora.
-Ta certo, eu aceito uma bebida.

Entramos em uma padaria.

-Ei, me da um vinho aí, por favor.
-Qual?
-São Jorge.
-Você tem dinheiro?
-Não, estou vindo comprar aqui porque não tenho dinheiro.
- Dois e quarenta e nove.

Tirei três reais do bolso e entreguei ao cara. Recebi 50 centavos de troco.

-Falta um centavo, sabidão. – Reclamei.
-Aqui, toma. Apenas vá embora.
-Foda-se – Mostrei o dedo e dei o fora.
-Esse cara é um filho da puta. – Falou a puta.
-Sim. Qualquer dia desses eu volto aqui e encho essa bunda gorda dele de pão.
-Porque não enche agora?
-Não quero agora.
-Você não tem culhões pra isso, só sabe falar.

Abri o vinho e acendi um cigarro.

-Preciso dar uma mijada.

Entrei na padaria de novo e fui em direção ao banheiro.

-O que você quer? – perguntou o filho da puta.
-Banheiro.
-Não vai não. Saia daqui.
-Quero mijar.
-Quer nada.

Botei o pau pra fora e comecei a mijar dentro da espelunca.

-Claro que quero mijar. Olha aqui o meu mijo. Olha como é amarelo. Sua mãe iria adorar receber um jato de mijo desses na cara. – Falei dando umas goladas no vinho e balançando o órgão sexual de um lado para outro.
-SEU FILHO DA PUTA!
-Não chegue perto. Eu te mato! Ouviu? EU TE MATO!

A vadiazinha ria do meu show enquanto enchia a bolsa de porcarias das prateleiras. O veado veio em minha direção, com mãos fechadas e muito ódio estampado na cara. Tentou me acertar um murro no meio do nariz, mesmo eu estando com pau pra fora, bêbado e ainda mijando sem parar, consegui desviar. Mirei em seus pés, mas conseguiu desviar do xixi. Nunca vi um gordo tão ágil.

-Nossa. Você é muito bom! – Guardei o pau, joguei a garrafa longe e me posicionei pra briga.

Recebi um soco cruzado no meio da face. Não estava sentindo dor nenhuma. Acertei sua pança com muita força. Foi bem no estomago. Agachou-se segurando a barriga e caiu de joelhos.

-Seu filho duma puta! Arruaceiro filho da puta! Vou te matar! Vou te matar e enterrar em pé no meu quintal! Filho duma... duma puta. A polícia vai te pegar e você vai ser a mulher de mil outros bandidos filhos da puta que nem você.Dei-lhe um soco na cabeça.
-Você tem sorte de eu não dançar sapateado em cima do seu crânio.

Peguei alguns vinhos, uma garrafa de vodka e três maços de Hollywood.

-Ainda da pra pegar mais coisas.
-Não. Já chega.
-Mas ainda da pra pegar mais!
-O que você pensa que eu sou? Um vagabundo ladrão?
-Da pra pegar mais!
-Não volte a repetir essa merda! Ta me deixando puto já!
-Moro aqui perto, vamos lá beber essas merdas.
-Ta.

Andamos um pouco e chegamos num prédio bem elegante e bonito.

-Você mora aqui? – perguntei.
-Sim.

Subimos alguns andares e entramos num dos apartamentos. Tudo bem arrumado. Tinha até sofá. Deitei no sofá e acendi um cigarro. Minha cabeça ficou girando, senti náuseas.

-Então, como consegue pagar isso aqui?
-Dou um jeito.
- Você não pode sair por ai chupando picas a cinco reais. Você poderia cobrar pelo menos uns vinte ou trinta. Eu pagaria pelo menos uns duzentos pra poder te foder. Você é bonita, gostosa, olha o tamanho dos seus peitos. Pagaria vinte por uma mordida, cinqüenta por uma chupada e duzentos por uma metida. Porra, você é gostosa, caralho.
-É.

Abriu um vinho, deu uma golada e me passou.

-Como é teu nome? – Perguntei.

Posicionou a buceta na minha cara e eu comecei a lamber. Exalava um cheiro escroto, um cheiro de axila. Cada lambida era extremamente nauseante. Vomitei ali naquela xoxota podre e comecei a me afogar no meu próprio vômito. Ela nem ligava, ficou rebolando até gozar.

-Caralho! – gritei -Quer me matar?!
-Vamos lá no banheiro, limpar essa merda.
-Tá.

Ligou o chuveiro e esfregou uma esponja na buceta. Meti minha cabeça debaixo da ducha. Não tinha toalhas, sai molhando tudo. Peguei um desodorante Roll-on em cima da pia e meti na xota fétida.

-PUTA MERDA! Isso é muito bom! Caralho! Sempre usei essa merda porque parecia um pau e nunca pensei em meter!
-Pois é. – Respondi. –Que tal agora um Roll-on de verdade?
-Sim.
-Olha como ele é largo e grande. Olha como ele lateja. Você disse que eu não tinha culhões? Olha o tamanho aqui da porra! Olha a merda aí gigante e peluda! Mal cabe na sua mão! ACORDA SUA PUTA! – Dei um tapa na cabeça. –Não ouse dormir enquanto segura meu gigantesco órgão sexual, sua vadia!

Pôs-se a chupar, tão intenso quanto um aspirador de pó. Só faltou ter uma língua áspera, de lixa. Gozei e segui até seu quarto. Deitei na cama e dormi. Acordei com a vagabunda chupando sem parar meu lindo e glorioso órgão. Se eu fosse um cachorro, lamberia o dia inteiro. Gozei novamente e dormi.

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