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quinta-feira, 13 de março de 2008

Uma foda estranha num cemitério de indigentes.

Estava sentado numa cadeira amarela em um barzinho de esquina. Ninguém conhecido por perto. Ficar só é muito bom. Comprei uma dose de conhaque e uma garrafa de cerveja pra acompanhar. Havia uma garota, morena, magra. Muito magra, parecia ser aidética. Permanecia parada, sentada, me olhando. Não parava de olhar. A cabeça não se movia e nem os olhos, aparentava ser um defunto.

-Quer trepar comigo é? – Perguntei.
-Não. – Respondeu a garota.
-Então porque ta olhando pra mim?
-Porque eu quero.

Levantou-se da cadeira e sentou ao meu lado. Permaneceu fitando. Entrei em desespero, mas não demonstrei.

-Guarde sua loucura pra você. – falei.
-Não sou louca. – Sempre respondendo friamente.
-Então, que porra você é?!
-Sou tipo gótica.
-Ah, todos esses retardados que se chamam e são chamados de góticos não passam de uns chupadores de pica.
-Não chupo pica. E você? Que porra é você?
-Sou tipo um deus.
-E o que faz pra ganhar dinheiro.
-Nada.
-E como vive?
-Sou tipo um deus.

Um silêncio constrangedor tomou conta do local. Constrangedor pelo menos pra mim, ela não tirava seus olhos mórbidos de cima.

-Porque você não tira o olho de mim? - Perguntei
-Não sei. Você é estranho.
-Você é muito mais.
-E você é uma fraude. Não é um deus coisa nenhuma.
-Ah.
-Quer beber um vinho?
-Quero.

Segurou meus cabelos e deu um beijo no rosto. Segurei os dela e dei-lhe um beijo na boca. Abri os olhos no meio do ato, ela estava me olhando, ainda com aquela cara de lesma morta. Recolhi minha língua e encostei as costas na cadeira.

-Porque fez isso? – Perguntou a garota.
-Porque eu tava afim.
-E porque não me perguntou se podia?
-Se você pode me beijar no rosto, eu também posso.
-Te beijei no rosto e não na boca.
-E a boca fica aonde? No rosto.
-Ainda quer tomar um vinho?
-Sim. Mas para de ficar me olhando assim, parecendo uma doida.
-Tá.
-Cadê o vinho?
-No meu carro.

Levantamos e nos dirigimos até o veículo. Sentou-se no banco e ligou o carro.

-Entra. – Falou.

Entrei. Ela acelerou e saímos.

-Cadê o vinho? Não tem vinho coisa nenhuma, você quer é trepar comigo.
-Não quero trepar com você.
-E o que quer comigo?
-Quero beber um vinho com você.
-Porquê?
-Porque eu decidi que quero.

Tirou o vinho de debaixo do banco. Não qualquer vinho, era um vinho do porto.

-Ai está o vinho.
-Tou vendo. – respondi
-Ta vendo? Não quero trepar com você.
-O que tem haver uma coisa com outra?
-Eu tenho um vinho. Não quero trepar com você.
-Ah. Então tá. Você tem um vinho.
-Sim.
-Mas você quer trepar sim comigo, não tem taças.

Abriu o porta-luvas e tirou duas taças.

-Tá vendo? Eu tenho as taças, não quero trepar com você.
-Puta que pariu.
-Quê?
-Ainda acho que você quer trepar comigo.
-Sinto muito, mas está enganado.

Paramos na frente de um cemitério.

-Já sei qual é a sua. – Falei. –Você quer trepar comigo depois me matar e enterrar ai junto com esses mortos fedidos.
-Não quero trepar com você.

Saímos do carro e entramos no cemitério, sentou-se numa lápide, abriu o vinho e derramou nas taças. Acendi um cigarro e peguei uma taça, dei uma golada e permaneci em pé.

-Isso é muito idiota. – Falei. -Ficar aqui bebendo vinho em cima de uma lápide num cemitério vagabundo de indigentes.
-Não acho.
-Olha, já tou de saco cheio de você. Se você não quer trepar, eu quero.
Agarrei pelos cabelos e taquei-lhe outro beijo, apertei os seios, botei um pra fora e mordi. Tirei a calcinha e passei os dedos pela buceta. Não tinha pêlos. Odeio bucetas carecas. Mulheres! Por favor, me lembrem que eu não estou fodendo com uma criança. Não raspem por completo. Queria ter vivido a década de 70. A garota ainda com aquela cara retardada de lesma morta, fingindo ser deprimida, não sei pra quê. Deixava eu fazer o que queria sem nem expressar algo ou sei lá. Senti-me um estuprador, um monstro, mas não pude deixar de meter. Meti. Ela não gemia, não gritava, não fazia nada. Parecia um defunto.

-Porra, você ta levando 20 centímetros de pica e fica ai com essa sua cara de nada.
-Cara de nada? – se pôs a sorrir.
-É. Essa sua cara ai de nada. Agora ta melhorando, até sorriu.
-Sorrir é uma merda.
-Uma merda é essa sua cara ai. Cara de lesma morta.

Se pôs a sorrir novamente. Gozei. Um coveiro velho apareceu. Cuspindo no chão e coçando a sua bengala.

-Que putaria é essa? – perguntou o velho.
-Já terminou.
-Terminou nada, acabei de chegar.
-Boa sorte, então.
-Não deixa esse velho encostar em mim... Rios. – Falou a garota.
-Rios? Como sabe meu nome?!
-Todos sabem seu nome, você é meio famoso.
-Tá. Vamos embora.

Vestiu a calcinha e levantou. O velho veio balançando a bengala de um lado para o outro.

-Ei, guarda essa porra ai. – Falei.
-Vá embora rapaz, agora é minha vez.
-Sua vez o caralho.
-È minha vez sim.

Agarrou a aidética e começou a esfregar o seu órgão sexual. Parecia um cachorro no cio. Até babou. Acertei um soco no crânio do velho. Caiu no chão e ficou lá.

-Obrigada.
-De nada – Respondi.

Saímos do meio dos mortos indigentes e entramos no carro.

-Aonde nós vamos terminar essa trepada? – Perguntei.
-Eu não quero trepar com você.
-Mas eu quero. Olha pra cá.

Tirei pra fora minha tiromba.

-Olha, ele está latejando por você. – falei.
-Você é a única pessoa que presta no mundo, Rios. – Sorriu.
-Sim, deixa eu te foder.
-Eu deixo, mas não quero.
-Tem que querer.
-Porquê?
-Porque senão não tem graça, porra.
-Não tem graça de jeito nenhum.
-Então queira ai pra você ver se não vai ter graça.
-Não estou afim de querer.
-Então, vai tomar no cu.
-Ainda gosto de você..
-Gosta nada.

Sai do carro e fui pra casa. Era pra ter sido mais legal com a garota, nem perguntei o nome. No dia seguinte, o telefone tocou.

-Meu nome é Roberta.
-Não conheço nenhuma roberta.
-A garota de ontem.
-Ontem foi um dia longo.
-Do cemitério.
-Qual cemitério?
-O de indigentes que tem um velho tarado.
-Ah. Quer trepar comigo?
-Não. Mas quero tomar um vinho.
-Tá, escolha ai um cemitério.
-Na minha casa é melhor.
-É mesmo.

Anotei o endereço e fui até lá. Tomamos um vinho, trepamos e depois dormimos.

5 comentários:

  1. tah legal, mas a espectativa foi grande!!!
    Depois de tanto tempo pensei q vinha algo melhorrrr!!
    Vc agora dah murro em velho! nem eh rios isso!!!!
    rsrs
    vlw

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  2. Expectativa foi grande!!!
    Apaga o outro ai, vixe parece q toh bebado!!!

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  3. aee murilão! é que tou só escrevendo de dia agora.. =\
    no meu proximo conto vou explicar porque os contos tão perdendo a qualidade.

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  4. ê rapaz, nao liga nao velho. Foda-se se os contos tao ficando bons ou ruins, apenas escreve essas merdas q sao boas de ler!

    blog ta baum, relaxa e faça oq te der na telha.

    :0

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  5. hahahah muito bom se esses estão perdendo qualidade vou dar uma olhada nos arquivos12

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