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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pinturas de um decadente por uma artista em decadencia

São quatro e meia da manhã, como sempre, os gatos, lixeiros e ladrões não me deixam dormir. Pego uma garrafa de wisky e engulo três doses, talvez cinco, mas mesmo assim não durmo. Malditos sejam esses gatos que não param de gritar por uma copulada, ladrões que sonham com galinhas e lixeiros que não acham comida. Ás cinco horas é a vez dos passarinhos me torrarem o saco,mas com algumas doses e duas músicas de Tchaikovsky e seus cisnes irei dormir, ao mesmo tempo que os trabalhadores acordam, sentem inveja e resmungam “ele está bêbado novamente”, eles não querem acordar na segunda enquanto eu tento dormir.

-Tem gente ganhando dinheiro lá fora. – falo pro meu travesseiro. -Advogados, juizes, carpinteiros e até mesmo professores.

Ferro no sono ou pelo menos penso: “como é bom dormir”, as dez o telefone toca e me assusta, não um susto que provêm da mudança do silêncio pra uma barulheira imprevisível, era o susto de saber que existe gente idiota que liga pra mim as dez no meio do término da minha insônia.

-Alô?
-Rios? É o Maurício.
-Não perguntei seu nome. Foda-se e tome no cu, estou dormindo.
-Não está dormindo não.
-Estou sim, tchau. – desliguei.

Depois de duas horas, acordo com alguém batendo em minha porta da rua.

-Vá-se embora – disse eu
-É a Renata.
-Está bem. Espera um minuto.

Vesti uma blusa e uma calça antes de abrir a porta depois fui correndo ao banheiro e vomitei.

-Está doente? Se quiser vou embora.
-Não, está tudo bem, eu sempre acordo neste estado.
-Eu não posso ficar, mas queria te pedir uma coisa.
-Diga.
-Sou pintora, quero pintar seu retrato.
-Tá certo.
-Mas tem que ser na minha casa, não tenho stúdio. Você se importa?
-Não.

Anotei o endereço de sua residência e as instruções de como chegar.

-Mas tente estar lá ás duas da tarte.
-Estarei lá.

Voltei a dormir e às duas da tarde eu já estava sentado de frente pra Renata, entre nós havia uma enorme tela. Se pôs a trabalhar com o auxilio de inúmeros pinceis e tintas, eu a observei e ela também me observou com seus olhos grandes e castanhos, o olho esquerdo era deficiente, do tipo que se desacerta com o outro, mas me agradava. O tempo passou devagar e eu acabei entrando em transe.

-Melhor darmos uma pausa, quer uma cerveja? – perguntou Renata.
-Ótimo.

Quando se levantou pra ir à geladeira, eu a segui. Abriu a porta e tirou uma lata, virou-se pra mim, eu a agarrei pela cintura e dei um beijo. Me empurrou.

-Melhor voltarmos ao trabalho. – disse ela.

Voltamos a sentar, bebi minha cerveja enquanto Renata saboreava um cigarro barato. A tela ainda estava entre nós.
A campainha soou. Renata levantou-se e abriu a porta. Uma gorda entrou e sentou-se.

-Essa é a Camila, minha irmã. – disse Renata.
-Olá. – cumprimentei.

A camila é o tipo de pessoa que não tem noção de tempo nem de nada, começou a falar sem parar, mesmo depois de eu ter renunciado a ouvi-la, ela continuou a falar por horas.

-Ei, quando é que você vai embora? – perguntei.

Depois teve inicio a uma briga entre as irmãs, estavam ambas de pé e começaram a se comunicar em um tom agressivo, se ameaçavam usando as mãos, sinalizando uma possível agressão física. Pra minha alegria, Camila virou-se, atravessou a porta e desapareceu. Voltamos ao trabalho, sentei-me e permaneci parado. No outro intervalo levantei-me e fui até a geladeira pegar uma cerveja, Renata me acompanhou. Peguei a cerveja, virei-me e a beijei. Foi um beijo demorado, o mais demorado que eu consegui com ela. Comecei a roçar meu pau em sua buceta, ela me empurrou, mas eu continuei roçando até ela pegar minha mão e levar pra dentro de sua calcinha, passei os dedos em sua buceta, era uma buceta enorme.

-Escuta, eu sei qual é o seu problema. – disse eu.
-Qual é?
-Esquece, não quero te magoar.
-Não, agora eu quero saber.
-Você tem uma buceta grande demais.

Renata se sentou em silencio e voltou a pintar. Depois levantou-se, abaixou a calça, abaixou a calcinha e pôs a buceta pra olhar pra mim.

-Ok seu sacana, vou te mostrar que está enganado.

Tirei as calças e comecei a meter, em pé, perto da janela, depois deitei-a no sofá e meti sem parar. Gozou.

-Viu? – perguntou Renata.
-Sim, muito grande.
-Seu filho da puta.
-Mas eu gosto de grande.
-E porque falou que era um problema?
-Falei que era o seu problema.
-Haha! Você é mesmo um filho da puta. Vamos voltar ao trabalho.
-Não, cansei, talvez amanhã.
-Tá, mas antes de ir embora, veja como está a pintura.
-Não disse que ia embora, só disse pra continuarmos amanhã.
-Melhor ir embora, meu marido pode chegar.
-Ok.
-Olha a pintura, porra.
-Tá certo.

Olhei a pintura, estava boa, parecia mesmo comigo.

-Está muito bom. – Falei.
-Amanhã já da pra terminar.
-Então passarei aqui amanhã, às duas da tarde.
-Estarei esperando.

Sai e fui pra casa. O marido da Renata chega a sua moradia, cansado do trabalho e doido pra pular nos braços da esposa ou entre suas pernas, mas se depara com o quadro no meio da sala.

-Ei, mulher, porque você ta pintando o Rios? – pergunta o marido
-Você conhece o Rios?
-Sim, ele é famoso.
-É. Me pagou pra fazer um retrato dele.
-Ah é?
-É.
-E que cheiro de pica é esse?
-Deve estar vindo de você, é o único de nós dois que tem uma.
-O Rios está te dando umas pinceladas como pagamento?
-Ah, você está pensando que eu e o Rios estamos transando é? Ele é feio pra cacete, não daria uma com ele nem se fosse o ultimo na face da terra.
-Na verdade eu estava pensando em quem fica por cima.
-Seu filho da puta! a minha bucetinha é só sua.
-Bucetona, você quer dizer.
-Bucetona nada!
-Bucetona sim! É a maior que eu já vi na vida.
-Não acho que você tenha visto muitas bucetas na vida.
-Já vi muitas sim, mas duvido que tenhas visto uma pica maior que a minha.

Tirou o pau pra fora, balançou e rodou como se fosse um ventilador.

-Isso eu tenho que admitir, nunca vi uma maior. Consegue manter ela dura durante três horas pra eu pinta-la?
-Claro que não! Nenhum homem consegue, nem o mais tarado de todos.
-Ah, você é um fodido.
-Fodido é o caralho, venha cá preu te mostrar o fodido.
-Não quero ver seu cu.
-Sua puta, vou te lascar no meio.

Abaixou sua calcinha e começou a meter.
Acordei às duas e meia, já estava atrasado, consegui me apressar e cheguei na casa da Renata às três e quinze.

-O capitalismo roubou minha virgindade. – comentou Renata.
-Como assim? Não vou pagar nada não! E você era virgem? Uma virgem com uma buceta desse tamanho?
-Claro que não, só estou falando uma frase que li ontem.
-Ah.

Terminamos a pintura, demos uma foda e voltei pra casa com o quadro na mão. Pendurei a obra de arte na parede do meu quarto e tentei dormir, agora está dando pra dar uma boa dormida. Dormi.

8 comentários:

  1. Cade o fim da história porra?

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  2. não tem fim da historia porra! tou vivo ainda!

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  3. Q kraleo de história mano

    tava ficando boa mais virou numa merda

    Sem criatividade?

    po faz um final melhor =/

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  4. Realmente para ler e se pensar na vida.


    Parabens Rios! Um grande escritor!

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  5. Poderia colocar um "[continua...]" que nunca continua, como naqueles filmes de terror barato, pelo menos ia driblar os chatos que dizem (com razão)que o final é não-tão-maravilhoso... hahaha, brincadeira*, cara, ótima história essa.


    *.: Mentira.

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  6. cade mais historias porra

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  7. hahahahm
    muito boa xD
    publique mais!

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