São quatro e meia da manhã, como sempre, os gatos, lixeiros e ladrões não me deixam dormir. Pego uma garrafa de wisky e engulo três doses, talvez cinco, mas mesmo assim não durmo. Malditos sejam esses gatos que não param de gritar por uma copulada, ladrões que sonham com galinhas e lixeiros que não acham comida. Ás cinco horas é a vez dos passarinhos me torrarem o saco,mas com algumas doses e duas músicas de Tchaikovsky e seus cisnes irei dormir, ao mesmo tempo que os trabalhadores acordam, sentem inveja e resmungam “ele está bêbado novamente”, eles não querem acordar na segunda enquanto eu tento dormir.
-Tem gente ganhando dinheiro lá fora. – falo pro meu travesseiro. -Advogados, juizes, carpinteiros e até mesmo professores.
Ferro no sono ou pelo menos penso: “como é bom dormir”, as dez o telefone toca e me assusta, não um susto que provêm da mudança do silêncio pra uma barulheira imprevisível, era o susto de saber que existe gente idiota que liga pra mim as dez no meio do término da minha insônia.
-Alô?
-Rios? É o Maurício.
-Não perguntei seu nome. Foda-se e tome no cu, estou dormindo.
-Não está dormindo não.
-Estou sim, tchau. – desliguei.
Depois de duas horas, acordo com alguém batendo em minha porta da rua.
-Vá-se embora – disse eu
-É a Renata.
-Está bem. Espera um minuto.
Vesti uma blusa e uma calça antes de abrir a porta depois fui correndo ao banheiro e vomitei.
-Está doente? Se quiser vou embora.
-Não, está tudo bem, eu sempre acordo neste estado.
-Eu não posso ficar, mas queria te pedir uma coisa.
-Diga.
-Sou pintora, quero pintar seu retrato.
-Tá certo.
-Mas tem que ser na minha casa, não tenho stúdio. Você se importa?
-Não.
Anotei o endereço de sua residência e as instruções de como chegar.
-Mas tente estar lá ás duas da tarte.
-Estarei lá.
Voltei a dormir e às duas da tarde eu já estava sentado de frente pra Renata, entre nós havia uma enorme tela. Se pôs a trabalhar com o auxilio de inúmeros pinceis e tintas, eu a observei e ela também me observou com seus olhos grandes e castanhos, o olho esquerdo era deficiente, do tipo que se desacerta com o outro, mas me agradava. O tempo passou devagar e eu acabei entrando em transe.
-Melhor darmos uma pausa, quer uma cerveja? – perguntou Renata.
-Ótimo.
Quando se levantou pra ir à geladeira, eu a segui. Abriu a porta e tirou uma lata, virou-se pra mim, eu a agarrei pela cintura e dei um beijo. Me empurrou.
-Melhor voltarmos ao trabalho. – disse ela.
Voltamos a sentar, bebi minha cerveja enquanto Renata saboreava um cigarro barato. A tela ainda estava entre nós.
A campainha soou. Renata levantou-se e abriu a porta. Uma gorda entrou e sentou-se.
-Essa é a Camila, minha irmã. – disse Renata.
-Olá. – cumprimentei.
A camila é o tipo de pessoa que não tem noção de tempo nem de nada, começou a falar sem parar, mesmo depois de eu ter renunciado a ouvi-la, ela continuou a falar por horas.
-Ei, quando é que você vai embora? – perguntei.
Depois teve inicio a uma briga entre as irmãs, estavam ambas de pé e começaram a se comunicar em um tom agressivo, se ameaçavam usando as mãos, sinalizando uma possível agressão física. Pra minha alegria, Camila virou-se, atravessou a porta e desapareceu. Voltamos ao trabalho, sentei-me e permaneci parado. No outro intervalo levantei-me e fui até a geladeira pegar uma cerveja, Renata me acompanhou. Peguei a cerveja, virei-me e a beijei. Foi um beijo demorado, o mais demorado que eu consegui com ela. Comecei a roçar meu pau em sua buceta, ela me empurrou, mas eu continuei roçando até ela pegar minha mão e levar pra dentro de sua calcinha, passei os dedos em sua buceta, era uma buceta enorme.
-Escuta, eu sei qual é o seu problema. – disse eu.
-Qual é?
-Esquece, não quero te magoar.
-Não, agora eu quero saber.
-Você tem uma buceta grande demais.
Renata se sentou em silencio e voltou a pintar. Depois levantou-se, abaixou a calça, abaixou a calcinha e pôs a buceta pra olhar pra mim.
-Ok seu sacana, vou te mostrar que está enganado.
Tirei as calças e comecei a meter, em pé, perto da janela, depois deitei-a no sofá e meti sem parar. Gozou.
-Viu? – perguntou Renata.
-Sim, muito grande.
-Seu filho da puta.
-Mas eu gosto de grande.
-E porque falou que era um problema?
-Falei que era o seu problema.
-Haha! Você é mesmo um filho da puta. Vamos voltar ao trabalho.
-Não, cansei, talvez amanhã.
-Tá, mas antes de ir embora, veja como está a pintura.
-Não disse que ia embora, só disse pra continuarmos amanhã.
-Melhor ir embora, meu marido pode chegar.
-Ok.
-Olha a pintura, porra.
-Tá certo.
Olhei a pintura, estava boa, parecia mesmo comigo.
-Está muito bom. – Falei.
-Amanhã já da pra terminar.
-Então passarei aqui amanhã, às duas da tarde.
-Estarei esperando.
Sai e fui pra casa. O marido da Renata chega a sua moradia, cansado do trabalho e doido pra pular nos braços da esposa ou entre suas pernas, mas se depara com o quadro no meio da sala.
-Ei, mulher, porque você ta pintando o Rios? – pergunta o marido
-Você conhece o Rios?
-Sim, ele é famoso.
-É. Me pagou pra fazer um retrato dele.
-Ah é?
-É.
-E que cheiro de pica é esse?
-Deve estar vindo de você, é o único de nós dois que tem uma.
-O Rios está te dando umas pinceladas como pagamento?
-Ah, você está pensando que eu e o Rios estamos transando é? Ele é feio pra cacete, não daria uma com ele nem se fosse o ultimo na face da terra.
-Na verdade eu estava pensando em quem fica por cima.
-Seu filho da puta! a minha bucetinha é só sua.
-Bucetona, você quer dizer.
-Bucetona nada!
-Bucetona sim! É a maior que eu já vi na vida.
-Não acho que você tenha visto muitas bucetas na vida.
-Já vi muitas sim, mas duvido que tenhas visto uma pica maior que a minha.
Tirou o pau pra fora, balançou e rodou como se fosse um ventilador.
-Isso eu tenho que admitir, nunca vi uma maior. Consegue manter ela dura durante três horas pra eu pinta-la?
-Claro que não! Nenhum homem consegue, nem o mais tarado de todos.
-Ah, você é um fodido.
-Fodido é o caralho, venha cá preu te mostrar o fodido.
-Não quero ver seu cu.
-Sua puta, vou te lascar no meio.
Abaixou sua calcinha e começou a meter.
Acordei às duas e meia, já estava atrasado, consegui me apressar e cheguei na casa da Renata às três e quinze.
-O capitalismo roubou minha virgindade. – comentou Renata.
-Como assim? Não vou pagar nada não! E você era virgem? Uma virgem com uma buceta desse tamanho?
-Claro que não, só estou falando uma frase que li ontem.
-Ah.
Terminamos a pintura, demos uma foda e voltei pra casa com o quadro na mão. Pendurei a obra de arte na parede do meu quarto e tentei dormir, agora está dando pra dar uma boa dormida. Dormi.
Cade o fim da história porra?
ResponderExcluirnão tem fim da historia porra! tou vivo ainda!
ResponderExcluirMuito boa essa!!!!
ResponderExcluirQ kraleo de história mano
ResponderExcluirtava ficando boa mais virou numa merda
Sem criatividade?
po faz um final melhor =/
Realmente para ler e se pensar na vida.
ResponderExcluirParabens Rios! Um grande escritor!
Poderia colocar um "[continua...]" que nunca continua, como naqueles filmes de terror barato, pelo menos ia driblar os chatos que dizem (com razão)que o final é não-tão-maravilhoso... hahaha, brincadeira*, cara, ótima história essa.
ResponderExcluir*.: Mentira.
cade mais historias porra
ResponderExcluirhahahahm
ResponderExcluirmuito boa xD
publique mais!